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Paiva Junior,
editor-chefe da Revista Autismo
Conforme pesquisa do governo
dos Estados Unidos, os casos de autismo subiram para 1 em cada 68
crianças com 8 anos de idade — o equivalente a 1,47%. O número foi
aferido pelo CDC (Center of Diseases Control and Prevention),
do governo estadunidense — órgão próximo do que representa, no Brasil, o
Ministério da Saúde. Os dados são referentes a 2010 e foram divulgados
nesta quinta-feira, 27 de março de 2014.
Houve aumento de quase 30% em
relação aos dados anteriores, de 2008, em que apontava para 1 caso a
cada 88 crianças. Quase 60% para 2006, que era de 1 para 110. Mesmo o
autismo podendo ser detectado a partir dos 2 anos de idade, a maioria
das crianças foi diagnosticada após os 4 anos.
Para alertar a respeito dos números alarmantes, todo 2 de abril é comemorado o "Dia Mundial de Conscientização do Autismo"
— em inglês, “World Autism Awareness Day” —, data instituída pela ONU
(Organização das Nações Unidas) desde 2008. O objetivo é, anualmente,
conscientizar a sociedade a respeito desta complexa síndrome, para que
aja mais suspeita, mais diagnóstico, mais tratamento, mais respeito e
menos preconceito. Para isso iluminam-se de azul prédios e monumentos ao
redor do mundo. O azul foi a cor designada para o autismo, por ter uma
prevalência bem maior em meninos que em meninas — mais de 4 para 1.
Como jamais provou-se
qualquer relação da prevalência maior de autismo com alguma região do
planeta ou etnia, a Organização Mundial da Saúde considera os números
dos Estados Unidos estimados para todo o planeta. O Brasil estima-se que
tenhamos mais de 2 milhões de pessoas com autismo. No ano passado, uma
lei federal foi aprovada equiparando em direitos os autistas aos
deficientes, além de outros benefícios — Lei 12.764, também conhecida
como “Lei Berenice Piana”.
No Brasil o Cristo Redentor
(no Rio de Janeiro), a Ponte Estaiada (em São Paulo), e muitos
monumentos em todo o território nacional serão iluminados de azul na
data. No mundo, pode-se destacar o Empire State (nos Estados Unidos), a
CN Tower (no Canadá) e muitos outros cartões-postais ao redor do
planeta.
O autismo é uma complexa síndrome que afeta três importantes áreas do desenvolvimento humano: comunicação, socialização e comportamento. Ainda não se sabe a causa, nem há cura, apenas tratamento. O único consenso mundial é que quanto antes de trata, melhores são as possibilidades de maior qualidade de vida.
Informações sobre os sinais e sintomas de autismo em linguagem acessível podem ser obtidas no livro “Autismo — Não espere, aja logo!” (136 pág., editora M.Books, R$42, site: LivroAutismo.PaivaJunior.com.br) e também na gratuita Revista Autismo (site: www.RevistaAutismo.com.br) — a única revista a respeito da síndrome na América Latina, além de ser a única no mundo em língua portuguesa.
Fonte: Revista Auismo
http://www.revistaautismo.com.br/noticias/casos-de-autismo-sobem-para-1-a-cada-68-criancas
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sexta-feira, 28 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
Glutamato monossódico x Autismo
Por que não utilizar o famoso cubinho ou pozinho de tempero se deixa a comida tão gostosa?
Muitos são os motivos e tenha a
certeza que a comida utilizando condimentos naturais fica muito mais
saborosa sem os efeitos colaterais à saúde provocados pelo tão utilizado
pozinho.
Glutamato é o principal
neurotransmissor excitatório do nosso corpo. Nós já o produzimos e
utilizamos naturalmente por nossos processos metabólicos. Os receptores
de glutamato no cérebro não distinguem o que é natural do que é
artificial, o que chegar a eles será aproveitado ou acumulado, não
importa a sua origem. Os receptores de glutamato sintetizam o aspartato
do aspartame da mesma forma, ou seja serão utilizados como
neuroexcitatórios.
O problema
começa a acontecer quando o metabolismo não dá conta e o mecanismo de
aproveitamento deste neurotransmissor começa a falhar, pois o cérebro
requere níveis óptimos de oxigênio e energia para remover o excesso de
glutamato. Quando estes níveis não são suficientes devido a stress
oxidativo, níveis tóxicos de glutamato se acumulam nas junções
sinápticas.
A liberação do
excesso de glutamato estimula uma cascata inflamatória por um influxo
maior de cálcio para o nervo até que isto resulta na morte da célula
neural.
Níveis excessivos de
glutamato têm sido definitivamente implicados numa série de doenças
neurodegenerativas, incluindo doença de Alzheimer, de Parkinson, Coréia
de Huntington, derrame cerebral, esclerose múltipla e AL5. No caso do
autismo irregularidades relacionadas ao glutamato têm sido observadas.
Estudos
mostram que crianças autistas têm receptores extras de glutamato. Se
pensarmos nos receptores como varas de pescar na superfície das células,
e o glutamato como peixes, então as crianças têm maior capacidade de
“pescar” e ingerir glutamato.
Médicos
que trabalham com a inflamação cerebral como possível causa ou
agravante destas doenças, adotam uma dieta livre de glutamato e
aspartato para cortar o mal pela raiz. Portanto, tanto as fontes
alimentícias naturais de glutamato quanto as fontes químicas são
retiradas da dieta.
Enquanto estes aminoácidos são
necessários para o funcionamento normal do cérebro, quantidades
excessivas dele podem criar uma série ampla de danos ao corpo. A curto
prazo: hiperatividade até mesmo a nível patológico, cefaléia, dor
toráxica, tonteira e palpitação. A longo prazo: todas as doenças
neurológicas citadas acima.
Altos níveis de glutamato e
aspartato são encontrados naturalmente em alimentos ricos em proteínas,
incluindo níveis muito altos no glúten do trigo e na caseína do leite.
Outra grande fonte natural de glutamato é a soja.
As
fontes adicionais são os tão amplamente utilizados cubinhos, caldinhos,
pozinhos, envelopinhos, saborzinhos... que a mídia te induz a utilizar
todo dia, toda hora, em qualquer comida com a inofenciva (?) sugestão de
que é o amor!
Amor?!
Amor
é comida natural pura e verdadeira. Amor é o tempero e o condimento
criado pela natureza numa infinidade de sabores e apresentações para
todos os paladares!
Todos os
alimentos industrializados estão inundados de glutamato monossódico e
muitos deles são os preferidos por nossas crianças: hamburgueres,
nuggets, salgadinhos de todos os tipos, embutidos, frios, salsichas,
molho de tomate, ketchup... só para citar alguns!
O
glutamato estimula receptores específicos na nossa língua que provocam
uma sensação do alimento ser muito mais saboroso do que realmente é e
ainda mais, camufla o sabor de alimentos processados de baixa qualidade.
Quando
entendemos estas questões, fica fácil compreender que a seletividade
alimentar de muitas crianças com autismo pode ser um fator que alia
deficiências nutricionais que como consequência altera seus sentidos de
paladar e olfato, com uma química que super estimula sensações que
justamente estão em falta. Por isso o vício em determinadas marcas e a repulsa a toda e qualquer novidade. É claro, todo o resto fica muito sem graça!
Uma vez isto aprendido, jamais será esquecido!
Pouco
tempo para preparar o alimento é desculpa. Você gastará o mesmo tempo
adicionando um pó ou masserando um tempero. E lembre-se sempre que o
tempero natural concerta, não escangalha!
Seu filho autista o agradecerá de alguma forma. Ou então faça por você mesmo, pela sua velhice sem demência ou alzheimer!
Fonte: http://conservas-misturafina.blogspot.com.br/2012/03/glutamato-monossodico-x-temperos.html
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