terça-feira, 4 de novembro de 2014

Medicamento para autismo será distribuído pelo SUS

Eu não faço uso de medicação psicotrópica no meu filho, inclusive já postei aqui sobre estas medicações, mas para quem usa olha a boa notícia!!

Portal EBC* 12.09.2014 - 15h09 | Atualizado em 12.09.2014 - 16h13
 
O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer o primeiro medicamento para tratar os sintomas do autismo. O remédio, conhecido como Risperidona, será incorporado na rede pública e vai auxiliar na diminuição das crises de irritação, agressividade e agitação, sintomas comuns em pacientes com a doença.
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A Risperidona deverá estar disponível no início de 2015. De acordo com o Ministério da Saúde, o órgão investirá R$ 669 mil para a compra do remédio. A estimativa do governo é de que o tratamento esteja disponível para a população a partir do início de 2015 e que beneficie cerca de 19 mil pacientes por ano.
A doença
O autismo aparece nos primeiros anos de vida. Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos, como o Risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes e suas famílias. Entre os sintomas comuns, o autista olha pouco para as pessoas, não reconhece nome e tem dificuldade de comunicação e interação com a sociedade. Com variação do grau da doença, pacientes apresentam comportamento agressivo, agitado e isso exige cuidado e dedicação permanentes.
De acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), 70 milhões de pessoas no mundo tenham a doença. No Brasil, a estimativa é que este número alcance duas milhões de pessoas.
O medicamento
O remédio é usado para tratar as chamadas psicoses. Isto significa que ele tem um efeito favorável sobre um certo número de transtornos relacionados ao pensamento e às emoções. De acordo com o fabricante do remédio, a Risperidona é indicada para o tratamento de transtornos do comportamento, para pacientes com demência nos quais os sintomas como agressividade, transtornos psicomotores ou sintomas psicóticos são comuns. Além do uso em pessoas com autismo, o medicamento é usado para os tratamentos de esquizofrenia e transtorno bipolar.
 

Robô inteligente auxilia no tratamento do autismo e no cuidado de idosos

Robô inteligente

23/10/2014 • 16:14
Um robô desenvolvido por uma empresa francesa está ajudando no tratamento do autismo e no cuidado de idosos. O projeto foi uma das inovações apresentadas na Joint Conference on Robotics and Intelligent Systems (JCRIS) 2014 que terminou nesta quarta-feira (22), na Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos. Criado com o intuito de contribuir para o bem estar dos seres humanos, o robô Nao - palavra que significa cérebro em chinês - foi lançado em 2007 e pode ser programado para desempenhar diversas funções como ferramenta educativa e interativa para crianças e adultos.

Robô Nao possui inteligência artificial avançada (Foto: Orlando Neto/G1)

Desenvolvido pela empresa francesa Aldebaran Robotics, Nao tem 57 centímetros de altura e é equipado com câmeras no lugar dos olhos, microfones para responder aos comandos de voz, autofalantes e sensores variados. Além disso, ele possui dois processadores e acesso à rede de internet sem fio. O robô é capaz de ler e-mails e respondê-los por meio de uma conversa com o usuário, por exemplo. Hoje, já existem no mundo mais de 450 instituições que utilizam o Nao, entre elas a USP São Carlos e a Harvard University.

Matheus Mainardi, da Somai Tecnologia e Educação, empresa que representa a Aldebaran no Brasil, explica que a aplicação do robô para auxiliar em casos de autismo teve início de forma espontânea. “Ele foi apresentado em um evento e uma criança autista começou a brincar com ele. Como é um sistema que não possui emoções, a interação fez com que as pessoas que possuem essa disfunção se sentissem mais à vontade para brincar com ele. Assim, depois de alguns estudos, foi constatado que o Nao podia funcionar como um canal direto de comunicação entre um autista e outras pessoas”, declarou. Pensando nisso, a empresa francesa lançou em 2013 o Autism Solution for Kids (ASK) para o Nao, dedicado às necessidades especiais para o ensino dessas pessoas.

Mainardi explicou que o fato de permitir programação específica para realizar funções diferentes faz o robô ter possibilidades infinitas de aplicação. “Estamos apenas no começo. Ele é capaz de mostrar na prática algumas coisas que aprendemos apenas em teoria. Campos como a robótica, a matemática, a ciência da computação e a engenharia são muito melhor trabalhados por meio desse equipamento. Mesmo se contarmos apenas com as funções já conhecidas do Nao, as aplicações são infinitas. Imagine então quando mais pessoas passarem a programar seus próprios códigos e fazer suas próprias demandas ao robô”, pontuou.

Robô é capaz de dançar e até ensinar matemática (Foto: Orlando Duarte Neto/G1)Próxima etapa
A Aldebaran já prepara outra versão do Nao, o “irmão mais velho” dele, Romeo. A nova versão está em desenvolvimento desde 2009, mas já foi apresentada. Dessa vez, o alvo foi a população idosa, que poderá contar com a ajuda do robô. Ele tem 1,40 metro e pode ajudar pessoas que perderam sua autonomia auxiliando em atividades como abrir portas, subir escadas e até buscar objetos.

Aplicações e uso
No caso da RoboCup de futebol, que aconteceu durante a JCRIS, um time de Naos foi programado para desempenhar funções em campo como goleiro, zagueiro ou atacante. Assim como nos jogos entre humanos, os robôs eram vítimas de faltas e empurrões, sendo jogados no chão pelos outros em alguns momentos. Mesmo assim, sem nenhum tipo de intervenção humana, o robô se levanta sozinho com o apoio das mãos e volta à partida como se nada tivesse acontecido.

Em 2012, o G1 mostrou um sistema desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, que fazia com que Nao reproduzisse gestos realizados por humanos. A pesquisa tinha como objetivo auxiliar pacientes em fisioterapia, além de promover a interação com crianças do ensino fundamental.

O humanóide, termo atribuído aos robôs que se assemelham a humanos, pode ser adquirido apenas por empresas ligadas ao ramo da educação ou, em alguns casos, de tratamento de determinadas condições como o autismo. As instituições interessadas em adquirir o Nao devem enviar uma inscrição ao Somai, que vai avaliar e aprovar o pedido caso se encaixe nas categorias requisitadas.

No entanto, Mainardi explica que logo o sistema deve estar aberto ao público. “Ele ainda pode ser considerado um protótipo, mesmo com tantas funções, já que ainda existem muitas outras a serem descobertas. Ele ainda está sendo testado, de certa forma. Quando for julgado que está pronto para atender ao público da melhor forma possível, com certeza deve ser comercializado abertamente”, afirmou.

G1
 http://www.portalaz.com.br/noticia/tecnologia/310704_robo_inteligente_auxilia_no_tratamento_do_autismo_e_no_cuidado_de_idosos.html