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domingo, 29 de abril de 2012

TERAPIAS QUE AJUDAM NO TRATAMENTO DE AUTISTAS


 Equoterapia
As terapias que usam animais fornecem benefícios em termos de bem-estar físico e
emocional como mostram muitos estudos sobre os ganhos proporcionados pela
interacção entre o homem e o animal na promoção da saúde humana e como terapia
específica.
A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de
uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação. A
equoterapia permite uma grande diversidade de estímulos sensoriais, através da
visão, tacto, olfacto e audição, algo que incrementa a consciencialização corporal, o
desenvolvimento da força muscular, o aperfeiçoamento da coordenação motora e o
equilíbrio. O cavalo é extremamente sensível, expressando emoções de forma clara
e variada, o que facilita a interpretação por parte o ser humano. [Bastos et al 2004]
Para além da sua função terapêutica, o uso de cavalos em tratamentos tem uma
participação importante no aspecto psíquico, já que a pessoa usa o animal para
desenvolver e modificar as suas atitudes e comportamentos. [Freire, 2009]
Ao andar de cavalo a pessoa necessita de coordenar os seus movimentos com a do
animal e com isso precisa de concentração para prestar atenção a todo o meio que o
envolve.
A terapia encoraja o autista a desenvolver o seu processo de aprendizagem na
realização de tarefas funcionais.


Musicoterapia
De acordo com a definição da Federação Mundial de Musicoterapia (WFMT), a
musicoterapia consiste na utilização da música ou dos seus elementos (som, ritmo,
melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, num processo
sistematizado de forma a facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a
aprendizagem, a mobilização, a expressão e organização de processos psíquicos de
um ou mais indivíduos para que sejam capazes de recuperar as suas funções e
desenvolver o seu potencial adquirindo uma melhor qualidade de vida.
A intervenção envolve actividades musicais que podem ser feitas individualmente ou
em grupo, num processo planificado e continuado no tempo, levado a cabo por
profissionais com formação específica, afirma a Associação Portuguesa de
Musicoterapia (APMT) na sua página oficial.
A musicoterapia destina-se especialmente a pessoas com problemas de
relacionamento, comunicação, comportamento e integração social, como é o caso
das pessoas autistas.
Segundo Santos [Santos et al., 2009] a utilização de estímulos musicais na
motivação das pessoas autistas, revela-se benéfica, induzindo respostas afectivas
positivas que podem fomentar a sua participação em actividades de socialização e
desenvolvimento da linguagem. Acresce a isto o facto da música poder criar um
contexto essencial ao desenvolvimento da curiosidade e do interesse exploratório,
aspectos essenciais do processo de reabilitação. O som do instrumento, assim como
o seu aspecto visual e táctil, podem auxiliar o autista a compreender melhor os
outros, propiciando quantidades inumeráveis de relações que podem ser a chave do
êxito da terapia.

2.1.4 Terapia Ocupacional
Segundo a autora [Mota, 2004] “a saúde é apoiada e mantida quando o indivíduo
consegue realizar as suas actividades e ocupações, que permitem uma participação
desejada e necessária em situações de vida comunitária”.
Ainda segundo a mesma autora “se o estado de saúde de um determinado indivíduo
afectar as suas capacidades impedindo-o de realizar certas actividades necessárias
para se sentir competente e com qualidade de vida, a terapia ocupacional apoia a
pessoa no sentido de melhorar o desempenho das suas actividades de vida diária,
para que o indivíduo consiga desempenhar de forma desejada os seus papéis na
sociedade e noutros contextos da sua vida”.
O terapeuta ocupacional tenta prevenir a incapacidade e facilitar a reabilitação da
pessoa, procurando a obtenção do máximo de função e independência a todos os
níveis através de um envolvimento significativo e gratificante.
Na terapia ocupacional podem ser realizados treinos específicos, simulação de
desempenhos e ensino de estratégias a contextualizar. Pode ainda utilizar ajudas
técnicas ou adaptações para substituir as funções perdidas, no caso de não ser
possível recuperá-las e modificar a habitação de forma a eliminar as barreiras
arquitectónicas e adaptar o espaço às necessidades do indivíduo. Pode também
intervir no meio social ou profissional da pessoa, promovendo a reintegração [Mota,
2004].

 Hidroterapia
Diversos estudos realizados apontam como instrumento relevante, a hidroterapia, na
intervenção das crianças com necessidades educativas especiais para melhorar o
seu desenvolvimento e comportamentos sociais, permitindo também uma
estimulação motora e sensorial.
A água torna-se estimulante para alguns movimentos que não são possíveis nos
tradicionais exercícios no solo, proporcionando uma sensação de bem-estar, pois
focaliza as habilidades do autista na água e não as suas limitações.

A actividade física pode ser difícil para as crianças com necessidades educativas
especiais, mas na água torna-se mais acessível, ganhando confiança, auto-estima e
interacção social, uma vez que na água são capazes de concorrer com os outros
elementos que não possuem necessidades especiais.
Esta terapia fornece estimulação visual e auditiva, tentando também melhorar a
respiração, de modo a possibilitar um maior equilíbrio e controlo pessoal. [Matos et
al., 2009]