sábado, 21 de julho de 2012

Dilma e a luta pela criação de um centro de pesquisa sobre autismo

A mãe inconformada e a presidente


CRISTIANE SEGATTO
CRISTIANE SEGATTO  Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo. Para falar com ela, o e-mail de contato é cristianes@edglobo. (Foto: ÉPOCA)


Raimunda Gonçalves Melo, a Ray, é mineira de Luisburgo, florista, casada com um subtenente do Exército e mora na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Nada a caracteriza e a ocupa mais do que ser mãe de Filipe, um rapaz autista de 28 anos.
Filipe nasceu e se desenvolveu normalmente até um ano e meio de idade. Falava muitas palavras e até cantarolava “Boi da Cara Preta”. Nos meses seguintes começou a ficar quieto. Não respondia aos estímulos de palavras e brincadeiras. Não interagia.
Hoje Filipe balbucia poucas palavras, mas se expressa de várias formas. Faz pinturas abstratas em telas de até três metros. Olha o Segundo Caderno, do jornal O Globo, diariamente. Seleciona os filmes que pretende assistir, busca os trailers na internet e decide o programa da família nas noites de terça – o dia em que o ingresso do cinema é mais barato.
Desde que Ray o ensinou a usar o Google, um mundo se abriu. Quando ouve uma música em inglês ou alguém falando a língua estrangeira na TV, Filipe arrisca escrevê-la num papel. E insiste para a mãe ajudá-lo a conferir a grafia na internet. Para espanto de Ray, que não sabe inglês, o garoto quase sempre acerta.
As associações que o cérebro dele é capaz de fazer escapam da compreensão da família. Dia desses, quando viu a vinheta da novela Avenida Brasil, Filipe puxou um papel e escreveu “Avenida Copacabana”.
Os avanços que Filipe conquistou se devem ao acompanhamento que sempre recebeu no Hospital do Exército e ao compromisso de Ray. Foi ela quem buscou as aulas de pintura, quem o matriculou na escola, quem fez tudo o que pôde para ensinar o que sabia e aproximá-lo da sociedade – em vez de excluí-lo por excesso de zelo, vergonha ou desesperança.
Ray é inconformada. Felizmente não é a única. A vida a aproximou de outro inconformado, o biólogo paulista Alysson Muotri, um rapaz que está construindo uma carreira brilhante e hoje é professor na Universidade da Califórnia, em San Diego.
Raimunda ao lado de seu filho Filipe, um rapaz autista de 28 anos (Foto: Arquivo pessoal)
No final de 2010, a equipe de Alysson chamou a atenção da comunidade científica internacional ao conquistar três feitos inéditos:
- o grupo criou neurônios autistas em laboratório
- demonstrou que eles são diferentes dos neurônios normais desde o início do desenvolvimento
- conseguiu tratar os neurônios autistas e fazer com que eles se comportassem como neurônios normais
A matéria-prima que permitiu esse avanço foram células da pele de pacientes autistas. Em laboratório, Alysson fez com que elas regredissem ao estágio de células-tronco embrionárias (aquelas que são capazes de originar qualquer tipo de tecido). Em seguida, as transformou em neurônios idênticos aos dos pacientes.
As drogas que Alysson usou para curar os neurônios autistas são tóxicas para uso humano. Ainda não representam a cura. Nos últimos anos, a pesquisa avançou. Ele tem viajado o mundo para apresentar os resultados do laboratório a empresas interessadas em testar nas células drogas novas ou antigas que, potencialmente, poderiam curar o autismo. 

O autismo afeta cerca de 1% das crianças norte-americanas. O custo para o governo durante a vida de um único indivíduo autista beira os US$ 3,2 milhões (quase R$ 6,5 milhões). Isso representa um custo anual de US$ 35 bilhões (quase R$ 71 bilhões) para a sociedade americana. Números semelhantes se aplicam à esquizofrenia. Quase o triplo é gasto com o mal de Alzheimer.
Alysson e as empresas acreditam naquilo que tem sido chamado de “reposicionamento de drogas”. A ideia é pegar uma droga que falhou em estágios clínicos para uma doença “x” e testá-la contra uma doença “y”. Remédios que já foram testados em humanos e não serviram para o Alzheimer podem ser úteis para o autismo, por exemplo.
Como toda a etapa de estudos necessários para comprovar que a droga é segura para uso em humanos já foi feita, a realocação de medicamentos permite encurtar em pelo menos dois anos o tempo de chegada de um remédio ao mercado.
Neurônios humanos são complexos. “Por isso aposto em novos modelos produzidos a partir da reprogramação celular, gerando redes neurais derivadas de pacientes em quantidades suficientes para testes em laboratório”, diz Alysson.
Uma das obras feitas por Filipe (Foto: Arquivo pessoal)
“Mesmo com as limitações da reprogramação genética – afinal, não deixa de ser um modelo humano in vitro –, acredito que seja o que mais se aproxima do sistema nervoso do paciente. O sucesso dessa nova forma de encarar a busca por fármacos vai depender de centros criados a partir de consórcios colaborativos e multidisciplinares entre cientistas e a comunidade clínica – acelerando os testes em humanos”, escreveu Alysson recentemente no blog Espiral.
Foi nesse ponto que a história dele e a de Ray se encontraram. Juntos, pretendem convencer o governo federal e as agências de fomento (como CNPq e Fapesp) a criar no Brasil o primeiro centro especializado em autismo. Ali seriam feitas as pesquisas, mas não só isso. Os pacientes e as famílias receberiam acompanhamento de diversos especialistas com o objetivo de desenvolver as capacidades das crianças e integrá-las à sociedade.
Alysson está escrevendo o projeto em conjunto com especialistas de outras áreas. A intenção é apresentá-lo em breve ao Ministério da Saúde e ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Obra feita por Filipe (Foto: Arquivo pessoal)
De sua parte, Ray não sossega. “O que faço é para meu filho e para o de todas”, diz. O pleito das mães dos autistas chegou à presidente Dilma numa cerimônia realizada no ano passado em Brasília. Ela disse ter interesse em ouvir a proposta e pediu que procurassem Bigode, apelido de Cândido Hilário, assessor da Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República.
Nos últimos meses, Ray falou com ele várias vezes por telefone. Bigode prometeu visitá-la em breve na Ilha do Governador. Ray acreditou. Nele e na transformação social que um governo é capaz de produzir quando decide fazer isso.
Filipe anda produzindo como nunca. Ray sonha com o dia em que ele possa ver suas obras expostas fora das paredes de casa. Ela procura empresas que tenham interesse em estampá-las em embalagens de produtos ou em anúncios promocionais.
“Se o Filipe puder reconhecer uma obra numa embalagem, alguma coisa vai brotar na cabeça dele”, diz Ray. “O ser humano se torna presente na sociedade quando realiza algo. Cada trabalho realizado é um novo neurônio, uma nova esperança.”
Mãos à obra, Filipe, Ray, Alysson, Bigode, Dilma e quem mais quiser se juntar ao bando dos inconformados.
(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Homem salva menina Autista que caiu de 3º andar de prédio nos EUA

17 de julho de 2012 12h26 atualizado às 12h50 

 

 


A ação corajosa de um homem salvou a vida de uma menina de 7 anos que caiu do terceiro andar de um edifício no Brooklyn, em Nova York, após tropeçar enquanto cantava e dançava em cima da caixa do ar condicionado.
Stephen St. Bernard, 52 anos, foi alçado nesta terça-feira ao status de herói depois que a imprensa americana divulgou imagens do caso, que aconteceu ontem.
Motorista de ônibus, St. Bernard caminhava perto do prédio onde a menina estava e, ao ser alertado sobre o risco de queda de Keyla McCree, estendeu seus braços e a segurou em plena queda, fazendo com que ela escapasse ilesa.
"É um milagre", disse Shaleema McCree, mãe da menina - que tem autismo -, segundo o jornal New York Post.
As imagens da queda foram captadas pelo smartphone de um vizinho e transmitidas em redes de televisão locais, além da internet.
St. Bernard, que vive no mesmo complexo de apartamentos, relatou que ouviu várias pessoas gritarem que havia uma menina sobre a caixa do ar condicionado de um apartamento, e que "rezou para chegar a tempo".
O salvador de Keyla, que disse que a menina "estava dançando e sorrindo", inconsciente do perigo, sofreu uma lesão em um tendão do braço, foi atendido em um hospital e já liberado. A menina também passou por exames, que não constataram ferimentos.
EFE
EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Casa Civil do Rio Grande do Sul recebe a Rede Gaúcha Pró-Autismo


O Instituto Autismo & Vida, por meio de seus representantes, estiveram na tarde de ontem (17), juntamente com as demais entidades participantes da Rede Gaúcha Pró-Autismo, reunidos na Casa Civil do Estado do RS, a fim de debater inserções de políticas públicas às pessoas com Autismo no RS.

Demos um importante passo: formatar-se-ão Grupos de Trabalho (GT) com objetivo de discutirmos, amplamente (com apoio da Assembleia Legislativa e Governo do Estado, por suas Secretarias da Saúde, Educação e de Justiça e de Direitos Humanos), a questão do Autismo no RS que - historicamente - a exemplo dos demais estados da federação e da própria União - não recebe a adequada atenção.

Mari Perusso, da Casa Civil, recebe Rede Gaúcha Pró-Autismo

Saímos com a convicção de que, logo ali, no debate e na discussão democrática, alcançaremos nossos objetivos comuns na luta pelos direitos das pessoas com Autismo.

Especiais agradecimentos ao Deputado Alexandre Lindenmeyer e sua assessora Letícia Gorsky - que articularam a agenda junto ao Governo do Estado -, bem como aos representantes da Casa Civil, Mari Perusso e Cezar Martins.
 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Homem autista caminha por 64 km comendo sapos e raízes nos EUA


William foi encontrado vivo por helicóptero após andar por três semanas.
Pai diz que filho decidiu fazer percurso a pé em vez de pegar carona.

Do G1, com AP
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Um homem autista sobreviveu comendo sapos e raízes enquanto vagava por semanas no remoto deserto de Escalante no sul do estado norte-americano de Utah, até ser resgatado, muito magro, mas vivo, nesta-quinta-feira (12).
William Martin LaFever, 28, de Colorado Springs, Colorado, disse a equipes de resgate que, além da comida que ele caçou, incluindo alguns sapos, ele bebia a água do rio Escalante ao tentar andar de Boulder, Utah, para Page, Arizona, uma distância de cerca de 144 quilômteros, pelo caminho que ele parecia estar fazendo.
O gabinete do xerife do Condado de Garfield estimou que ele tinha viajado cerca de 64 quilômetros por pelo menos três semanas antes de ser encontrado nesta quinta-feira.
"É um dos terrenos mais acidentados e implacáveis que você vai encontrar em qualquer lugar da Terra. Penhascos irregulares, bordas de pedra, arenito, artemísia" disse a porta-voz do xerife, Becki Bronson, em uma entrevista por telefone.
"Onde William estava caminhando, simplesmente não há ninguém", disse ela. "Não há pessoas. Não há nenhuma cidade."
O departamento do xerife disse que foi notável que os pesquisadores a bordo do helicóptero foram capazes de encontrar LaFever, ainda mais vivo.
O delegado Ray Gardner, que recentemente completou um treinamento em operações de busca e salvamento de pessoas com autismo e estava a bordo do helicóptero, disse que LaFever não teria sobrevivido mais 24 horas.

O helicóptero levou LaFever para um hospital, em Panguitch. O local disse que não poderia divulgar qualquer informação sobre seu estado de saúde.
Assalto
LaFever estava tentando chegar em Page porque seu pai, John LaFever, de Colorado Springs, disse a ele que iria enviar dinheiro para o filho lá, segundo a polícia.
William tinha chamado seu pai no dia 6 ou 7 de junho para dizer que estava caminhando na área de Boulder com seu cachorro, que alguém tinha roubado parte de seu equipamento de caminhada e que ficou sem dinheiro. John LaFever disse a seu filho para pegar uma carona para Page de recolher o dinheiro.
Sem seu pai saber, supostamente, William LaFever decidiu caminhar pelo rio Escalante e depois pegar uma carona de barco ao longo do Lago Powell a Page - o percurso de 144 quilômetros -, ao invés de tentar pegar uma carona, disse o departamento do xerife.
LaFever andou ao longo do rio, mas ficou sem comida. Seu cão o deixou, e Lafever começaram a abandonar o que carregava até só ficar com a roupa e os sapatos que usava quando foi encontrado.
O cão não foi visto desde então. As autoridades não sabem por que o cachorro saiu correndo, disse Bronson.
O telefonema no início de junho foi a última vez que a família soube de LaFever.
Resgate
A especialização de Gardner na busca de pessoas com autismo ensinaram-lhe que autistas são naturalmente atraídos pela água, assim o helicóptero focou noo Rio Escalante, disse o departamento.
A equipe de helicóptero avistou LaFever na tarde desta quinta, sentado no rio Escalante a cerca de cinco quilômetros de Lake Powell, fracamente acenando para o avião. "Em toda a minha carreira nunca vi alguém tão magro", disse Gardner.
Lafever estava tão fraco que não conseguia ficar de pé, mas ele estava tão ansioso para ter contato humano que a princípio ele não parava de falar em vez de comer ou beber, disse o departamento. Ele finalmente parou, tomou uma bebida e comeu uma barra de cereais.

sábado, 14 de julho de 2012

Aplicativos para crianças com Autismo no Brasil

Fonoaudióloga Brasileira cria aplicativos para crianças com Autismo no Brasil

Barbara criou mais de 40 aplicativos para iPad, iPhone e iPod os quais tem ajudado a milhares de adultos e crianças com autismo e com outros distúrbios de comunicação.

FOR IMMEDIATE RELEASE

 barbara fernandes iPad
barbara fernandes iPad
PRLog (Press Release) - Jul 09, 2012 -
Há oito anos atrás, Barbara Fernandes, uma estudante de fonoaudiologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi uma das quatro estudantes selecionadas para participar de um programa de intercâmbio estudantil na Filadélfia, EUA.  O programa de intercâmbio foi financiado pelo CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e projetado para proporcionar aos estudantes brasileiros a oportunidade de aprender como os Estados Unidos foi capaz de implantar sistemas de comunicação alternativa e tecnologia assistiva à pessoas com deficiências e distúrbios de comunicação, para que esta tecnologia fosse trazida e implementada no Brasil.

Por um semestre Barbara estudou sobre comunicação alternativa e tecnologia assistiva na Temple University, onde lhe foi dada à oportunidade de continuar estudando e de se formar na mesma universidade.  Barbara deu continuidade aos seus estudos  e recebeu uma bolsa de estudos para um mestrado na universidade no Texas.

Os seis meses no exterior acabaram se transformando em oito anos, um mestrado e uma empresa de sucesso mundial chamada Smarty Ears ( S.E), onde Barbara criou mais de 40 aplicativos para iPad, iPhone e  iPod os quais tem ajudado a milhares de adultos e crianças com autismo e com outros distúrbios de comunicação. Ao terminar o seu mestrado, Barbara constituiu a empresa com um único objetivo; fazer materiais e produtos para terapia acessíveis a todas as pessoas ao redor do mundo.
A paixão de Barbara por tecnologia para as crianças com distúrbios de comunicação fez com que a empresa vendesse os seus aplicativos a mais de 50 países.

Recentemente Barbara iniciou o desenvolvimento dos aplicativos em português com o objetivo de proporcionar aplicativos divertidos e educacionais para as crianças brasileiras. Os aplicativos desenvolvidos por Barbara podem ser utilizados não só por crianças com Autismo ou Síndrome de Down, mas também por crianças com desenvolvimento normal. Os aplicativos são educativos, e podem ser usados por todos que querem aprender.
O iPad tem mudado a maneira de como os fonoaudiólogas trabalham com adultos e crianças com distúrbios de comunicação nos EUA, principalmente e graças aos aplicativos inovadores de Barbara. “Toda criança nascida neste século é naturalmente atraída pela tecnologia, o que torna o nosso trabalho mais fácil, utilizando algo que as crianças naturalmente gostam é chave na educação.” afirma Barbara.

Barbara sempre teve o desejo de retribuir a oportunidade lhe dada oito anos atrás pela CAPES e a universidade Federal da Bahia; agora ela esta fazendo isso disponibilizando as suas criações em português.

Barbara não é apenas a criadora dos revolucionários aplicativos educacionais, ela é também a criadora de um conjunto de símbolos que também está sendo traduzido para o português. Os “Smarty Symbols” são milhares de imagens utilizadas por adultos e crianças autistas ou com outros distúrbios de comunicação para comunicar. Barbara criou um conjunto com mais de 13 mil símbolos que podem ser utilizados como uma forma de comunicação visual por aqueles que não podem falar.

O Brasil está finalmente recebendo de volta todo o conhecimento, aprendizado e a experiência de uma brasileira que mudou a sua profissão nos EUA e que, certamente, mudará a vida de muitos brasileiros com deficiência no futuro. Além de dar oportunidade a eles de comunicar com seus familiares pela primeira vez.

Para mais informações visite o site http://www.ipadfono.com

Photo:
http://www.prlog.org/11919888/2

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Jogo brasileiro ajuda na educação de crianças com autismo


Jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos

Jogo brasileiro ajuda na educação de crianças com autismo
PorTerra
 
Pais e educadores de crianças com autismo têm mais uma ferramenta a seu serviço. Um jogo criado por um mestre em ciências da computação pela PUC-RJ auxilia na alfabetização de estudantes nessa condição. Chamado Aiello, em homenagem a Santa Elena Aiello, a plataforma permite à criança associar nomes e imagens de objetos, ampliando seu vocabulário. "É um jogo simples que tem um personagem principal, um esquilo, que solicita uma palavra qualquer para a criança. Ele pede prato, então tem um prato lá e ela seleciona", explica o criador Rafael Cunha. Existe ainda a possibilidade de configurar o jogo para que, em vez de objetos, apareçam palavras, o que o faria útil também para auxiliar no aprendizado das palavras escritas.
O software foi criado por Rafael como parte da sua dissertação de mestrado, defendida em dezembro do ano passado. A novidade é que o programa, que estava disponível apenas para a realização da pesquisa, foi liberado para acesso do público geral e já conta com uma série de usuários.
A motivação para o desenvolvimento desse aplicativo veio da esposa de Rafael. Fonoaudióloga, ela estava atendendo uma criança com autismo que tinha dificuldade de socialização, mas se interessava muito por computadores. Logo, ele procurou uma maneira de usar o dispositivo para a alfabetização de crianças nessa condição.
Segundo o psicólogo especialista na área Robson Faggiani, o uso da informática pode ser de grande importância na educação de autistas, já que eles costumam gostar de mídias interativas, como vídeos e games. Faggiani acredita que, desde que usadas com moderação e como complemento ao ensino regular, essas ferramentas são muito úteis.
A professora do Departamento de Psicologia da PUC-RJ Carolina Lampreia auxiliou Cunha a entender as necessidades da criança com autismo. Ela realça que o método utilizado pelo jogo é interessante, pois trabalha de modo lúdico com o intuito de motivar a criança. Assim, ela se sente estimulada a seguir realizando as tarefas solicitadas. "O modelo que ele utilizou é muito interessante, chama-se escolha segundo a amostra. Você tem uma amostra e duas opções. Se escolhe a certa, a criança é recompensada de alguma forma, toca uma música ou o bonequinho se mexe", explica.
Outra vantagem apontada pelo psicólogo é que a maior parte desses programas de computador é desenvolvida em outros países, o que torna o uso por crianças brasileiras mais difícil. Faggiani elogia a iniciativa: "É bom que um brasileiro esteja fazendo isso em português. Sou completamente a favor do uso", diz.
O jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos e está disponível no site www.jogoseducacionais.com, compatível com qualquer navegador de internet, tanto em dispositivos móveis quanto em computadores.
  fonte : CADA MINUTO

Autismo e como funciona a homeopatia


Como ainda não temos a terapia Cease no brasil, vai uma dica valiosa! 
Eu vou começar este post dizendo que se voce não acredita na eficácia da homeopatia, mas tem um filho dentro do espectro, em vez de duvidar, simplesmente dê uma chance a homeopatia e TENTE. 

Mergulhe na homeopatia, tenha paciencia e espere para ver os resultados. Eles costumam ser muito mais rápidos com crianças.

IMPORTANTE: Leia sobre homeopatia pra entender como a cura acontece. Veja que mesmo para um ótimo homeopata não é facil encontrar o remédio constitucional, há milhares de remédios. O homeopata tem que encontrar o remédio especifico para o seu filho. 

Pode haver algumas tentativas-erro. E sera fácil perceber se o remédio certo ainda não foi encontrado porque o remedio errado NÃO tem efeito nenhum.

Portanto, é importante lembrar que quando se encontra o remédio certo a criança PODE (talvez!) apresentar todo tipo de reações. A cura acontece de dentro pra fora, dos órgãos internos para a superficie. Segundo a homeopatia, as nossas doenças tem uma "raiz causativa" e e' esta raiz causativa que o remédio vai curar.

A  criança vai passar por algum tipo de "desintoxicação" quando se encontrar o remedio certo, é inevitavel. 

O que significa que TALVEZ ela venha a ter diarreia, ou o nariz vai escorrer (ótimo sinal, o nariz é o dreno do cérebro!), tosse, febre ou vão aparecer erupções na pele, como se fossem micoses. Pele aspera, manchas... porque os orgãos internos estão sendo curados e mandando os sintomas para superficie. Não passe pomadas, não leve a criança no dermatologista, não se preocupe, espere que vai passar. :)

Ou ainda, importante, como eu ja disse antes, os sintomas da criança podem piorar por um periodo curto. Se isso acontecer, é preciso ter força e paciencia, porque e' um excelente sinal, de que o remedio certo foi encontrado e que a cura vai acontecer.

Informe-se bastante para ficar preparado. 

Muitas vezes, pode ser necessario mudar de homeopata se o tratamento não funcionar. Siga a sua intuição. Consulte com um homeopata que seja recomendado por amigos, nao acredite em falsas promessas, prefira inclusive, homeopatas chamados de "classicos".  Na sua primeira consulta, peça ao homeopata referencias de outros pacientes.

Quando o Oliver tomou o primeiro remédio (foram so 2 globulos de Tub 200C), no mesmo dia ele ficou mais obsessivo, mais inflexivel, irritavel, e assim foi na semana toda. Como se os sintomas que ele ja tinha tivessem ficado ainda piores. Cada dia ele tinha sintomas diferentes, ficou com um febrão de 40 graus que eu controlei dando banhos mornos (estou fugindo de remédios hoje em dia), teve um pouco de tudo. Eu e meu marido ficamos muito preocupados. 

Mas a homeopata me dizia, "tenha paciencia, vamos aguardar a agravação passar". E passou, em exatamente uma semana. Na segunda-feira seguinte, depois de acordar da soneca dele, ele era outra criança. Alegre, mais alerta. A mudança na afetividade dele comigo foi incrivel. 

Durante todo aquele mês (marco), ele ainda teve alguma agravação, mas sabiamos que passaria porque a nossa homeopata que é classica, dá um remédio por mês, e é preciso aguardar o mês todo para ver os resultados alcançados.

Desde que comecou  a andar aos 14 meses o Oliver não pára. Esta sempre brincando, correndo, sempre foi super independente, nunca ligou muito pra mim. Hoje (2 meses depois do primeiro remédio homeopatico) corre pros meus braços, poe as maozinhas na minha bochecha e me da beijinhos na boca :) A compreensão vai melhorando mais cada dia, cada dia fica mais alerta. Cada semana melhora um pouquinho, e' bem gradual. Vai assim, devagarzinho. 

Hoje penso que 2 meses atrás, ele não olhava nos meus olhos enquanto eu trocava a fralda dele, e vejo o milagre que estamos alcançando.

Se o seu filho esta sendo tratado com tratamento biomedico e suplementos, se voce comecar com a homeopatia e comecar a ver resultados positivos, LEMBRE-SE: 

- Uma homeopata australiana escreveu um trabalho muito interessante comparando tratamentos biomedicos e homeopatia. Ela ressalta no trabalho que em alguns casos, as crianças começaram a apresentar melhoras com a homeopatia, e depois de um periodo, começaram a regredir. 

- Ela então decidiu pedir pra mae parar de dar os suplementos para ver o que acontecia. E as crianças voltaram a progredir! 

- Veja que ao curar a raiz causativa do problema, o que a homeopatia acaba fazendo e' justamente ajustar o metabolismo da criança, de forma que as deficiencias da criança desaparecem, e os suplementos podem ser um excesso em vez de auxilio. 

O trabalho dela está aqui, é muito interessante. A comparação entre tratamento biomedico e homeopatia está na parte 2.
       
Todas as mães que viram como a homeopatia funciona, dizem a mesma coisa: PARECE MILAGRE.

Como eu já disse, depois de terminar a desintoxicação com a Terapia CEASE, vamos voltar pra homeopatia clássica para terminar de cura-lo.

E aqui vamos nós, com muita paciencia e com muita fé!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Escola é condenada por recusar matrícula de aluno autista

Discriminação e dano

Escola é condenada por recusar matrícula de aluno

A escola que recusa a matrícula de um possível portador de síndrome de Asperger, tipo de síndrome relacionada ao autismo, comete discriminação. O entendimento é da 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que rejeitou apelaçãocontra a condenação de um estabelecimento de ensino. Com a decisão, ficou mantido o posicionamento da 17ª Vara Cível de Brasília e o aluno deve receber o valor de R$ 15 mil por dano moral. Cabe recurso.
Sobre as afirmações dos pais que disseram que a escola se recusou a aceitar o filho por ser possível portador da síndrome, a escola rebateu. Argumentou que a família teve uma reação exagerada às sugestões dadas pelos educadores. A instituição sustentou, ainda, que é legítima a aplicação de avaliações prévias nos alunos que pretendem estudar na escola.
De acordo com o julgador do pedido, o depoimento das testemunhas ouvidas reforçou a tese de discriminação narrada na petição inicial. O desembargador relator do caso completou dizendo que não ficou provado o mau desempenho da criança na avaliação objetiva, não justificando a negação da matrícula.
O juiz disse ainda que, no seu entendimento, não houve legalidade na seleção, já que os próprios funcionários da escola disseram que a prova aplicada servia somente para identificar o nível do aluno para melhor adequá-lo ao colégio. "Com a análise da situação, não há como descartar a intensa angústia e constrangimento injustamente suportados pelo demandante, sendo possível caracterizar o dano moral, que ocorre quando alguém fere o íntimo de uma pessoa, atingindo-lhe o sentimento, o decoro, a honra, a dor psicológica sentida pelo indivíduo". A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Revista Consultor Jurídico, 11 de julho de 2012

Fato Novo - Menino autista não recebe comunhão e caso gera polêmica nacional

// Bom Princípio


Menino autista não recebe comunhão e caso gera polêmica nacional

Foto da Notícia
O fato aconteceu no domingo, quando os pais do menino Cassio Maldaner o levaram para fazer a sua primeira comunhão. Letus e Maria Sivani Maldaner, os pais do garoto, ficaram frustrados porque, de última hora, o padre resolveu que Cassio não deveria participar da cerimônia.
O fato causou grande frustração para os familiares, que haviam preparado uma festa para comemorar o evento e gerou críticas à atitude do sacerdote, que se propagaram através das redes sociais, via internet.
Na manhã de quarta, o jornal Zero Hora publicou grande reportagem sobre o assunto, dando ao assunto uma repercussão estadual e nacional.
Ocorre que o menino, levavado pelos pais, chegou a entrar na fila das crianças que receberiam a eucaristia, que é um evento de grande significado para a Igreja Católica e a comunidade principiense, muito religiosa, acompanha com grande interesse.
Os organizadores do evento, teriam advertido aos familiares de que o garoto não estava apto para fazer a primeira comunhão e pediram que ele fosse retirado da fila. Os pais obedeceram, mas Isso causou grande desconforto a eles, que esperavam, ainda assim, que o padre Pedro Ritter, pároco de Bom Princípio, concedesse uma bênção ao menino. Assim, a festa que havia sido preparada para comemorar a primeira comunhão de Cássio, transformou-se num triste evento, de frustração e lamentações.


Polêmica na Internet
Quando o assunto tomou os jornais do estado, noticiado na rádio Gaúcha, na RBS TV e também na TV Globo, a projeção foi assombrosa. 
Na internet, ocorreram manifestações exaltadas, de crítica e, também, em defesa da Igreja.
Pessoas de Bom Princípio, que conhecem melhor as circunstâncias locais também se manifestaram:
“O que me impressiona é como algumas pessoas buscam deturpar o ministério de um padre, especialmente com a ajuda da mídia. Quem está por trás disso?”, questionou a advogada Silvana Afonso Dutra.
“Acredito que a polêmica fosse desnecessária, pois, ao que parece, se trata de uma falha de comunicação entre as partes”, destacou o empresário Dárcio Antônio Schneider, enquanto conversava com a reportagem do Fato Novo.
“Em vez de perderem tempo publicando mensagens sem conhecer os fatos como são, peguem este tempo e rezem a Deus, pedindo que conceda ao Cássio a graça de compreender o sentido da eucaristia e, desta forma, dar a toda sua família a imensa alegria de receber esse sacramento conscientemente!”, comentou Rodrigo Ledur na sua página do Facebook.

>> Histórico do caso
Segundo o relato feito pelos familiares, há sete anos, quando o pároco de Bom Princípio ainda era Leonardo Reichert, Maria Silvani Maldaner, teria ido procurar o padre para que o garoto fizesse a primeira eucaristia. Do padre ouviu a afirmativa de que seria possível, mas como Cássio ainda era pequenino, isso deveria ser feito em momento oportuno e posterior.
Mais recentemente, a família teria ido procurar o atual pároco, Pedro Ritter, e dele ouviu que, nestes casos, a Igreja não exige a primeira eucaristia, já que o menino, talvez, não compreendesse o exato sentido da comunhão.
Conforme diz o padre, “como a mãe queria muito, e nós não temos catequistas preparadas, pedi a ela que ensinasse ao menino o sentido da eucaristia. Se ele entendesse, ainda que do jeito dele, o que estava acontecendo, e se aceitasse a hóstia, ele poderia participar”.
Ainda segundo o padre, às vésperas do evento, foi feito um teste para ver se o menino poderia participar da cerimônia e, nele,  o menino não teria aceito a hóstia quando lhe foi oferecida. Assim, novamente, foi recomendado à família de que tentassem fazer o menino compreender, de seu jeito, o que significa o ato de fé.

Discriminação, ou falha de comunicação?
No final de semana, mais precisamente na sexta-feira, dia 15, a família teria ido procurar o padre e não o localizado.  “Ficamos de fazer um novo teste, que não aconteceu. Na última sexta-feira ocorreu o ensaio, e eu esperava falar com o padre, mas ele não participou. Como não houve mais nenhuma manifestação, achei que estava tudo certo”, conta a mãe. O religioso, no entanto, afirma que em nenhum momento Cássio aceitou a hóstia. Sem que isso acontecesse, Ritter diz que a orientação à mãe é que se esperasse outro momento para que o adolescente participasse da eucaristia. O menino, que é autista e por conta da síndrome, tem dificuldade de convívio social e comunicação, precisava de orientações especiais e, ninguém seria mais indicado para tal que a própria família.
No domingo, a família levou o garoto para a fila da comunhão julgando que ele poderia receber o sacramento, o que não foi de concordância do padre. Nascia aí a grande polêmica.
Muitas pessoas viram o fato como um caso de discriminação. “Não houve nenhum tipo de preconceito. Decidimios apenas esperar por um outro momento, em que ele aceitasse e entendesse o que estava acontecendo”,  afirma o padre.
Dom Paulo de Conto, que é o bispo da Diocese de Montenegro, pretende se inteirar mais do caso, todavia, deixou claro que não houve discriminação.
A família espera que o garoto possa ter o direito de comungar, mas não aceita a hipótese da primeira vez ser pelas mãos do padre Ritter. Ainda que sejam muito ligados à religião, os Maldaner afirmam que não voltarão ao templo principiense enquanto o padre Pedro for o pároco.  
Alex Steffen
alex.steffen@fatonovo.com


 Padre é acusado de discriminação por negar primeira comunhão a adolescente autista

quarta-feira, 11 de julho de 2012

OS DEPUTADOS GAÚCHOS VOTAM CONTRA O AUTISMO NO RS: A CAUSA ESTÁ DE LUTO!



O Instituto Autismo & Vida recebeu a mensagem - abaixo - escrita pelo facilitador da Rede Gaúcha Pró-Autismo, da qual nossa entidade faz parte, Nelson Kirst, e, consternados e indignados, considerando inclusive o apoio que vínhamos recebendo de deputados da base do governo (que acabaram por rejeitar a redação original do PL que garantia políticas de estado efetivas às pessoas com Autismo no RS), publicamos na íntegra a carta, para que toda a sociedade possa ter conhecimento do ocorrido.


Marcelo Ribeiro Lima
Diretor-Presidente


Exma. Sra. Deputada Marisa Formolo
Exmo. Sr. Deputado Catarina Paladini
11 de junho de 2012
Sra. Deputada e Sr. Deputado, solicitamos encarecidamente que tomem tempo para ler esta mensagem com atenção até o final.
Não há palavras capazes de exprimir a indignação e revolta que toma conta de nós, associações e familiares que lutam por mais qualidade de vida para as pessoas com autismo em nosso Estado, ante o desfecho do PL 276/2011, no dia de ontem, 10 de julho de 2012, na Assembleia Legislativa.
A ementa (texto original) do PL 276 / 2011 tinha a seguinte redação: “Dispõe sobre a condição das pessoas com diagnóstico de autismo, cria a política estadual de atendimento a pessoas com diagnóstico de autismo no estado do Rio Grande do Sul, nos casos que especifica, e dá outras providências”.  Ontem, 10 de julho de 2012, foi aprovada no Plenário da Assembleia Legislativa, a Emenda nº 1 ao referido PL, que diz: I – Dá nova redação a ementa do PL 276/2011, nos seguintes termos: “Estabelece Diretrizes para a consolidação da Política de Atenção Integral a Saúde das Pessoas com Diagnóstico de Autismo no Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras providências”. A partir daí, há diversos cortes na ementa original, que desfiguram e mutilam o PL 276/2011.
Sr. Deputado Catarina, castraram o seu projeto!
Nós, que lutamos pela causa do autismo, não precisamos de um projeto de lei que “estabeleça diretrizes”. As famílias das pessoas com autismo precisam de ação já! Precisam de atos concretos que assegurem a efetivação dos seus direitos.
Permitam-me recordar os passos recentes em torno do PL 276/2011:
1. Atendendo a requerimento do Deputado Catarina Paladini, a Deputada Marisa Formolo, presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS, emite convite “para a audiência pública com o objetivo de debater o Projeto de Lei nº 276/2011, que dispõe sobre a questão do Autismo no Rio Grande do Sul”, audiência a ter lugar no dia 29 de junho no Espaço da Convergência – Sala Adão Pretto, na Assembléia.
2. Na minha função de Facilitador da Rede Gaúcha Pró-Autismo, repasso o convite para as dez associações de familiares de pessoas com autismo de todo Estado congregadas na Rede e encorajo suas famílias a comparecerem em grande número à audiência pública, trazendo a contribuição de suas experiências e seus conhecimentos para o aprimoramento do PL 276/2011.
3. Em 29 de junho, o dia da audiência pública, bem mais de uma centena de familiares de autistas de diversas regiões do Estado lotam a Sala Adão Pretto e trazem contribuições expressivas. Outros convidados da Rede também aportam o seu saber visando ao aprimoramento do projeto.
4. A audiência é conduzida de modo participativo e democrático pelo Deputado Catarina Paladini, que no início distribuiu o texto do seu projeto e demonstra genuíno interesse nas contribuições das pessoas presentes.
5. Além do Deputado Catarina, não há nenhum outro deputado presente à audiência.
6. Há consenso entre os depoentes na audiência pública de que o PL 276/2011 apresentado pelo Deputado Catarina é o mínimo que o movimento em prol do autismo poderia esperar de um texto legal.
7. Ao final do dia de ontem, 10 de julho, chega às nossas mãos o texto do “Projeto de Lei nº 276/2011 – Emenda nº 1”, do Deputado Valdeci Oliveira, aprovado pelo plenário da Assembleia nesse dia.
O texto aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa representa uma castração do PL 276/2011 que nos havia sido apresentado por Vossa Excelência, Deputado Catarina, na audiência pública. É uma versão completamente diferente que só pode contar com o mais veemente repúdio do movimento em prol do autismo no Rio Grande do Sul.
Nós não queremos essa lei. Essa lei é nefasta e danosa à causa autista. Essa lei nos provoca náuseas.
Mas, afinal de contas, ninguém pode retirar dos senhores deputados o direito de votar contra as pessoas com autismo. Temos que aceitar esse fato. É da democracia.
O que não podemos aceitar, Sr. Deputado Catarina e Sra. Deputada Marisa, é a  maneira vergonhosa e humilhante como se lidou com as famílias envolvidas.
Quem não tem uma pessoa com autismo em casa não pode imaginar o sacrifício que significa tomar todas as providências necessárias para deixar o filho ou a filha com essa síndrome em boas mãos e se ausentar. Pois mais de uma centena de pais e mães fizeram isso, Sr. Deputado Catarina, para vir a Porto Alegre e prestar sua contribuição na audiência pública. Vieram porque acreditaram na seriedade do convite e na importância da causa. Chegaram à Sala Adão Pretto e viram que o único deputado interessado na sua questão era o Deputado Catarina. E agora, em 10 de julho, são defrontadas com o desmonte do PL 276/2011, um texto que já haviam considerado mínimo.
Então, Sr. Deputado Catarina, dirijo-me a Vossa Excelência em nome da Rede Gaúcha Pró-Autismo, para dizer-lhe o seguinte:
1. Exigimos de Vossa Excelência um relato sobre a castração do seu projeto: como foi que isso aconteceu e quem fez a castração? As famílias já fizeram sua parte, com muito sacrifício. Vieram a Porto Alegre, confiando na honestidade do seu convite. Agora, cabe a Vossa Excelência explicar o que aconteceu. Dê-nos uma explicação muito convincente, Sr. Deputado Catarina, para que não sejamos obrigados a pensar que Vossa Excelência usou as famílias de autistas de nosso Estado para fins escusos. Só uma explicação convincente de sua parte, de como ocorreu e quem fez a castração, poderá evitar que pensemos ter Vossa Excelência nos usado em seu benefício próprio, para sair bem na foto, com vistas às próximas eleições municipais em sua cidade. 
2. No dia 25 de agosto deste ano a Rede Gaúcha Pró-Autismo realizará seu próximo encontro de familiares de pessoas com autismo de todo o Estado. Eu, na minha função de Facilitador da Rede, proporei na ocasião que elaboremos uma lista de políticos inimigos da causa autista. Queremos e vamos descobrir quem foram os castradores do seu PL 276/2011 para que encabecem a lista. Também queremos e vamos descobrir e colocar na lista os deputados que poderiam ter feito mas nada fizeram para evitar que a castração se consumasse.
Vossa Excelência percebe, Sr. Deputado Catarina, que o seu relato sobre a evolução dos fatos é da maior importância, até para termos certeza de que Vossa Excelência tem respeito pelas famílias que convidou para a sua audiência.
Sr. Deputado Catarina Paladini e Sra. Deputada Marisa Formolo, neste episódio, a ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL  se mostrou não como casa do povo, mas como CASA CONTRA O POVO! Pior, mostrou-se como uma CASA CONTRA UM DOS SEGMENTOS MAIS FRAGILIZADOS DO NOSSO POVO!
No vídeo “Um dossiê sobre o autismo no Rio Grande do Sul”, produzido com o apoio da Rede Gaúcha Pró-Autismo, a Sra. Marlene Pereira Elesbão, mãe de Sherman, menino de 12 anos com autismo, diz: “Os políticos pensam que a gente é cachorro, é lixo!”. Ontem a Assembleia Legislativa gaúcha perdeu uma chance de demonstrar à Dona Marlene que ela não tem razão!  
Estou enviando cópia desta mensagem às associações que compõem a Rede Gaúcha Pró-Autismo, bem como a amigos e amigas da causa autista em diversos setores da sociedade, a companheiros de causa do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, e a outros deputados da Casa.
Atenciosamente,
Nelson Kirst
Facilitador – Rede Gaúcha Pró-Autismo

domingo, 8 de julho de 2012

Comentário de Berenice Piana após ser Aprovado o Projeto de Lei a favor do Autista


 
 Berenice Piana
 
  APROVADO POR UNANIMIDADE O RELATÓRIO A FAVOR DO PROJETO DE LEI Nº 1631/11 NA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. Em 4 de Julho de 2012. "Amigos azuis, nossa vitória hoje me leva a dizer, com grande alegria e emoção...

VOCÊS VIRAM O QUE FIZERAM???????? VOCÊS FIZERAM A DIFERENÇA AMIGOS, TODOS QUE MANDARAM EMAILS E LÁ COMPARECERAM DECIDIDOS, RESOLUTOS E DETERMINADOS!!!
 
 Estou muito orgulhosa desse exército que Deus colocou em meu caminho!! VOCÊS estão demonstrando na prática, com ações que O PODER EMANA DO POVO!!!! HOJE SE FEZ JUSTIÇA PARA O AUTISTA BRASILEIRO AMIGOS!!! Agradeçamos todos à Deus, em fervorosa prece a ventura de ter esses filhos e poder lutar, mostrar à todos que o Brasil pode mudar, SE NÓS QUISERMOS!!!

Obrigada MInistra Gleisi Hoffman por interceder por nós quando tudo parecia perdido...
Obrigada companheiros valorosos que jamais fogem à luta!!"

"E DIGA AO VERDE LOURO DESTA FLÂMULA, QUE AZUL TAMBÉM COLORE O CÉU DESSE PAÍS"

MOVIMENTO TUDO AZUL - Autismo e TGD'S


A luta dos defensores dos direitos dos autistas e TGD’s foi reforçada nos últimos dias com a articulação do Movimento Tudo Azul Autismo & TGD’s - Projeto Hospedando Anjos.
Pais e amigos de autistas e TGD’s se organizaram para ampliar suas conquistas. O Movimento de Pais e Amigos Pelos Direitos de Autistas e TGD’s concretizou seu surgimento nesta data realizando uma série de atendimentos com a parceria do Instituto Walden 4 e apoio da equipe do gabinete do deputado Wellington Luiz.
Este primeiro dia de atividades teve a colaboração especial dos proprietários de um prédio particular do Setor Sul do Gama, que gentilmente abriram suas portas por apoiar incondicionalmente a bandeira do autismo.


JUNTOS NA LUTA!!!
Movimento TUDO AZUL
Autismo e TGD's

sábado, 7 de julho de 2012

Kinect Ajudando a Detectar Crianças com Autismo

Kinect para Xbox 360




Kinect agora conta com mais uma nova aplicação na medicina: ajudar a detectar sinais de autismo em crianças, para que possam ser tratada precocemente.
De acordo com a NewScientist.com: “Diagnosticar um transtorno do espectro do autismo (ASD) em crianças pequenas é complicado, mas quanto mais cedo uma criança puder começar a terapia da fala e obter ajuda para aprender habilidades sociais e de comunicação, melhor. Muitos sintomas diferentes podem sugerir em uma criança que tem um ASD, mas eles são sutis. Geralmente, um médico experiente leva um bom tempo para identificar os sinais através da análise de imagens de vídeo da criança – um processo caro e demorado”.
“O diagnóstico precoce é fundamental para ajudar pessoas com autismo obter o apoio que necessitam”, acrescentou Caroline Hattersley do The National Autistic Society, em Londres.
Autismo
Kinect Ajudando a Detectar Autismo em Crianças
Uma configuração com cinco sensores de movimento Kinect foi criado no Laboratório de G. Shirley Moore School, em Minneapolis, onde cada movimento das crianças é observado..
A configuração de hardware Kinect combina com o computador de visão os algoritmos programados para detectar anormalidades comportamentais para automatizar o diagnóstico precoce do autismo.
Os pesquisadores Guillermo Sapiro, Nikolaos Papanikolopoulos e colegas configuraram os dispositivos no viveiro para monitorar grupos de cerca de 10 crianças com idades entre 3 e 5 anos.
As câmeras ajudam a identificar e acompanhar crianças com base na sua forma e na cor das roupas que estão vestindo. A informação é enviada para três PCs, que rodam o software que registra o nível de cada criança a atividade – incluindo a forma como eles movem cada um de seus membros. O sistema pode alertar se as crianças são hiperativas ou excepcionais – ambos os marcadores possíveis para o autismo.
Com os dados, o pessoal médico pode decidir se uma criança requer mais atenção de um especialista para um melhor diagnóstico.
De acordo com a NewScientist.com, o sistema será apresentado na Conferência Internacional IEEE em Robótica e Automação em St Paul, Minnesota, este mês.
“A idéia não é que estamos indo para substituir o diagnóstico, mas sim trazer o diagnóstico para todos. Da mesma forma que um bom professor sinaliza uma criança problema, o sistema fará a sinalização automática e dizer, ‘Hey, esse garoto precisa ver um especialista “, disse Sapiro.
Fonte da Imagem: Bem Estar Auto Estima

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Programas Apple para alfabetização

Segue algumas indicações de aplicativos da Apple com os quais uma mãe do grupo do yahoo teve excelente resultado na alfabetização do filho autista atípico, hoje com sete anos alfabetizado. Ele lê e escreve no computador, ainda caminhando na conquista da  escrita manual por ser portador de hemiparesia, hipotonia muscular e lesão na região occipital esquerda do  cerebro ( área responsável pela  visão.)

1 - picture board.  (em inglês)
2 - ABC palavras. (portugues)
3 -  sound touche. ( português e inglês)
4 - magnétic board.
5 -  ler e jogar (buba) portugues
6 - Who am animais. ( portugues e inglês)
7 - pepibath
8 - Tooney tunes (iportugues e inglês)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Marcelo Serrado tem irmão autista e conta que sofreu com o preconceito


Ator fala dos desafios que o irmão mais velho enfrentou

05/07/2012 às 11h25
Atualizado em 05/07/2012 às 12h59

Marcelo Serrado, o Tonico Bastos da novela Gabriela, tem um irmão autista e conhece de perto as dificuldades de quem precisa de atenção especial. Pela primeira vez, o ator fala sobre os preconceitos que teve que enfrentar. “Meu irmão é 10 anos mais velho do que eu, mas mesmo assim o preconceito que ele sofria foi uma coisa muito marcante na minha infância. Eu não entendia muito o que acontecia. Ele era normal até os 4 anos, depois começou a ter algumas convulsões e foi diagnosticado com autismo. Me lembro do dia em que eu estava fazendo uma peça infantil e levei o meu irmão para assistir. Ele é corcunda e eu percebi que as pessoas olhavam para ele com diferença”, contou.
O irmão de Marcelo estudou em uma escola especial na cidade de Betim, em Minas Gerais, mas hoje, mais de 600 mil crianças e adolescentes com necessidades especiais estão incluídas nas turmas regulares.
No exterior esse assunto tem muito destaque. Nos Estados Unidos, o repórter Hélter Duarte conta que o número de autistas aumentou 78% na última década. “Especialistas acreditam que o número cresceu tanto porque o diagnóstico melhorou e chegou às áreas mais pobres do país”, contou.
Programa Encontro

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Medicamento oral reverte sintomas de desordem relacionada ao autismo


04/07/2012 - 15:21

Cientistas dos EUA descobriram que um fármaco oral originalmente aplicado no tratamento do cancro é capaz de reverter um transtorno do espectro autista caracterizado por comprometimento cognitivo grave, avança o portal ISaúde.

Os resultados, divulgados no Journal of Clinical Investigation, revelam que ratinhos tratados com o medicamento Cyclocreatina apresentaram melhoria nas funções cognitivas, incluindo o reconhecimento de objectos novos, aprendizagem espacial e memória.

A desordem, a deficiência de transportador de creatina (DTC) é causada por uma mutação na proteína transportadora de creatina que resulta no metabolismo deficiente de energia no cérebro. Ligada ao cromossoma X, ela afecta os rapazes mais severamente, as mulheres são portadoras e passam os genes aos filhos.

Os cérebros de rapazes com CTD não funcionam normalmente, resultando em deficits graves de fala, atraso no desenvolvimento, convulsões e atraso mental profundo. Estima-se que actualmente a condição afecte cerca de 50 mil homens nos EUA.

A equipa, liderada por Joe Clark da Universidade de Cincinnati descobriu um método para trata a condição com Cyclocreatina, também conhecida como Cincy, um análogo da creatina originalmente desenvolvido como um complemento ao tratamento do cancro. Eles então trataram ratos geneticamente modificados com a doença humana.

"Cincy entrou com sucesso no cérebro e inverteu os sintomas de retardo mental nos ratinhos, com benefícios observados após nove semanas de tratamento. Ratos tratados apresentaram uma melhoria profunda nas habilidades cognitivas, incluindo o reconhecimento de objectos novos, a aprendizagem espacial e a memória sem nenhum efeito secundário", afirma Clark.

Como um medicamento reutilizado (originalmente desenvolvido para outra terapia), Cincy já passou pelo processo de aprovação. Ele é tomada por via oral, em comprimido ou em pó.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Projeto do Ministério Público do Trabalho, em conjunto com o SENAC, para formação profissional de pessoas com autismo.


Na manhã de sexta-feira (29), sócias fundadoras do Instituto Autismo & Vida compareceram a uma reunião, a convite do Ministério Público do Trabalho, na pessoa do Procurador do Trabalho Fabiano Beserra, nas dependendências do SENAC/RS. 

Estiveram presentes, ainda, a equipe do SENAC/ Programa Jovem Aprendiz, bem como uma Auditora Fiscal representando o Ministério do Trabalho e Emprego e, ainda, duas professoras da Escola Nazareth, da APAE.

Foi apresentado um projeto desenvolvido em parceria do SENAC com os entes federais, que visa à formação profissional de jovens, a partir dos 14 (quatorze) anos, por meio de curso e ingresso, mediante contrato de trabalho, em empresas parceiras.



Esse trabalho vem sendo desenvolvido com sucesso, tendo sido formadas já várias turmas de jovens com deficiência, inclusive intelectual.

A ideia agora é formar uma turma de jovens com Autismo; para avançar, a reunião objetivava também sondar as associações de pais e a representação da APAE quanto às habilidades das pessoas com autismo, buscando identificar empregos passíveis de boa ocupação e, por consequência, o curso a ser formatado.

Oportunamente o projeto será apresentado à grande família do Instituto Autismo & Vida, presencialmente, em reunião de familiares e colaboradores, que ocorre mensalmente junto à AMRIGS.


Iniciativas como essa vêm em boa hora, pois capacita jovens a ingressar no mercado de trabalho, uma vez que o aprendiz, ao final do curso, estará formalmente empregado.



É o novo enfoque sobre a deficiência - superando o isolamento e a superproteção tradidionalmente dedicados à pessoa com deficiência -, valorizando e capacitando o jovem aluno e transformando-o em cidadão.

Ações como esta vão no sentido da verdadeira inclusão social da pessoa com autismo e serão de perto acompanhadas, apoiadas e aplaudidas pelo Instituto Autismo & Vida.

Parabéns, SENAC, MPT e MTE!!!


Saiba mais:

 
Autismo e vida