segunda-feira, 16 de abril de 2012

SÍMBOLO DO AUTISMO E SEU SIGNIFICADO

Símbolo para a Conscientização do Autismo.
Este quebra-cabeça representa o mistério e complexidade do autismo.
As diferentes cores e formas representam a diversidade das pessoas e das famílias convivendo com a desordem.
O brilho do símbolo é o sinal da ESPERANÇA através de novas pesquisas e conhecimento para pessoas como eu e você!

Aplicativos para Autistas versão para Android

Android (Google)

Da mesma forma que a Apple usou um sistema operacional de computadores de mesa para criar um exclusivo para tablets, o gigante da Internet Google também se baseou num sistema já existente. Como o Google não possui um sistema operacional próprio (como a Microsoft e a Apple) ele preferiu adotar o Linux, livre e que pode ser modificado à vontade.
Assim como ocorreu com o iOS o sistema para tablets criado pelo Google ficou tão diferente do Linux original que recebeu um novo nome: Android. Assim como o Linux o Android também é software livre, e pode ser distribuído e modificado. Isso causou um efeito interessante: diversos fabricantes, partindo dos líderes de mercado como Samsung e Motorola e indo até pequenas marcas chinesas praticamente desconhecidas passaram a produzir smartphones e tablets Android. Recentemente a Amazon lançou um tablet Android também, o novo Kindle Fire, bem diferente e voltado aos livros e outros serviços (como a venda de livros digitais, os ebooks) da Amazon.
Por causa disso há uma enorme variedade de dispositivos Android, que variam de celulares baratinhos até tablets tão ou mais sofisticados e caros que o próprio iPad. Seguindo a regra que já mencionamos, os programas feitos para Android vão funcionar na maioria dos dispositivos que usam esse sistema. O problema é que a variedade de equipamentos é tão grande que os dispositivos acabam ficando muito diferentes entre si, com relação a velocidade, memória, tamanho da tela e outros recursos. Além disso, há várias versões diferentes do Android: as mais comuns são a 2.2 e 2.3, usadas em celulares e em tablets baratos, e a 3.0 e 3.1, específicas para tablets.
Na prática, devido a essa variedade (chamada também de fragmentação e que muitos consideram a maior fraqueza do Android), nem todos os programas vão funcionar, qualquer que seja seu dispositivo. É claro que um tablet grande e caro, como por exemplo o Samsung Galaxy Tab 10”, Motorola Xoom ou Acer Iconia tem mais chances de ser capaz de rodar tudo. E a quantidade total de programas para Android, apesar de vir crescendo muito, ainda é bem menor que a de programas para iOS.
Ao mesmo tempo, tablets baratos como o Coby Kyros (que pode ser encontrado por menos de R$ 300, cinco vezes menos que um tablet topo de linha) são capazes de rodar uma grande quantidade de programas, inclusive a maioria dos voltados ao público infantil (ou autista). Não ficam tão rápidos (ou, às vezes, tão bonitos), mas funcionam.


PictoDroid Lite é uma aplicação para dispositivos Android que permite que os usuários se comuniquem através do uso de pictogramas ou pictos (sinais que representam esquematicamente um símbolo, um objeto real ou uma figura). Esta versão Lite permite apenas para expressar ações muito específicas, sem a capacidade de criar frases complexas.
Você pode cria frases começando com: -vamos para ... -Eu quero jogar ... -Eu quero ir ao banheiro ... -Eu quero beber ... -Eu quero comer .... -Eu sou ...
Após a conclusão da selecção de pictos o sistema prossegue para ler a frase formada.
Todos os pictos pode ser modificado ou excluído, e você pode adicionar tantos quanto necessários. O processo é explicado no manual de candidatura disponível em www.accegal.org. Se você tiver dúvidas ou dificuldade em definir PictoDroid Lite você pode nos contatar por e-mail contacto@accegal.org e vamos tentar ajudá-lo.
O aplicativo usa os pictos de ARASAAC ( http://arasaac.org/~~V ), criado por Sergio Palao e distribuído com a licença Creative Commons (BY-NC-SA), mas você pode configurá-lo para usar pictos outros e até mesmo imagens reais.
Para fazer o trabalho sintetizador de voz: Para a versão 2.1: - Ir para a página http://code.google.com/p/eyes-free/downloads/list e baixar pacotes "tts_3.1_market.apk" e "com.svox. langpack.installer_1.0.1.apk ". Instalá-los no dispositivo.
A partir da versão 2.2: - Vá para "Voice Input Configurações> e saída", clique em "Configurações de síntese de voz" e depois "Instalar arquivos de dados de voz."
Visitar o site do desenvolvedor fazer >Enviar e-mail AO desenvolvedor >

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Vídeos


Tratamentos Biomédicos para o Autismo

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Tratamentos Biomédicos para o Autismo

Os Tramentos biomédicos são baseados em pesquisas bioquímicas e biomédicas feitos por vários profissionais em várias partes do mundo. Um dos pioneiros deste movimento foi um psicólogo e pesquisador norte americano, o finado Dr. Bernard Rimland que fundou na California o ARI (Autism Research Institute) e a Autism Society of America (ASA).
   O Dr. Rimland acreditava que o autismo é causado, na maioria dos casos, por causas biológicas ou físicas, derrubando para o alívio de muitas mães, a teoria da “mãe refrigerador” em que acreditava-se naquela época que o autismo era causado por falta de amor das mães.   O seu trabalho mostrou-se eficiente, e ele ajudou na recuperação de mais de 1100 pacientes com autismo, comprovados com vídeos de antes e depois do tratamento, além disso ajudou a vários outros milhares a recebecem melhoras significantes.
   De acordo com o trabalho do Dr. Rimland, a maioria dos autistas não tem nenhuma causa genética ou metabólica, mas apresentam pelo menos uma causa biológica; tal como intoxicação com metais pesados, intolerância alimentar, proliferação de leveduras e bactérias, transtornos intestinais, sensibilidade ao glúten e à caseina, desequilíbrio nos ácidos orgânicos e/ou deficiência nutricional.

Nos dias atuais, o tratamento biomédico completo, dependendo dos resultados dos exames, geralmente envolve intervenção dietética, nutricional, suplementação vitamínica, e pode incluir o uso de medicamentos homeopáticos.

Graças ao trabalho do Dr. Rimland e de muitos outros pesquisadores no ramo, da força dos pais no Brasil, e da tecnologia disponível para fazer possíveis exames, o tratamento biomédico está se tornando o tratamento primário do autismo no Brasil.
   Desde 2007, com o apoio dos pais brasilieiros, o Laboratório Great Plains (GPL) através de uma parceria com a Autismo Infantil, tem formado presença no Brasil ajudando a diseminar o tratamento biomedico, providenciando exames que mostram indicadores que guiam na colaboração do tratamento em pessoas autistas.
A Autismo Infantil (www.autismoinfantil.com.br) é uma organização disseminadora de informação sobre o tratamento biomédico no Brasil, ajudando a pais e a profissionais através de tradução de informação, promovendo congressos informativos e vídeos para pais e profissionais interessados.
   Juntos temos investido para compartilhar esperança com milhares de país que antes não sabiam o que fazer com seus filhos que eram diagnósticados com o autismo. Em maio de 2007 foi oferecido no Brasil o primeiro congresso sobre tratamentos biomédicos para pais, e logo em seguida um congresso de treinamento médico para profissionais da área de saúde. Alguns profissionais aderiram a essa luta contra o autismo, e hoje são colaboradores importantes nessa luta que apenas começou, desde então temos tido anualmente pelo menos um congresso sobre o tratamento biomédico no Brasil.
Pelo fato de ainda não existir esses exames especializados no Brasil, é necessário fazer-los no exterior. Para fazer esse tratamento no Brasil, os profissionais fazem o pedido de exames baseados na necessidade de cada paciente, uma vez em contato com o Laboratorio Great Plains, os pacientes recebem em casa um kit de coleta, onde contém todo o material necessário para coleta e envio das amostras para os EUA.   Os exames geralmente envolvem coletar sangue, urina e fezes e cabelo. Esses exames vão pesquisar o corpo do paciente por transtornos que são geralmente comuns no autismo como anormalidades em ácidos orgânicos, intolerâncias alimentares, contaminação com metais pesados e proliferação de leveduras. Esses problemas quando encontrados, são resolvidos de forma natural e eficiente.
Geralmente as medidas que são tomadas para o melhoramento de vida do paciente envolvem a adoção de uma dieta sem glúten e sem caseina, que tem como efeito desde melhora dos problemas relacionados à digestão a melhora no sono, aumento de concentração, menos auto agressão, maior interatividade social e maximação na linguagem que geralmente é limitada na maioria das crianças no espectro.

Os Exames laboratoriais mostram que muitas crianças no espectro têm alergias a diversos alimentos, principalmente a alimentos que contém o glúten (proteína encontrada em grão como trigo e cevada) e a caseina (proteína do leite). Pelo fato dessas proteinas ser de difícil digestão por pacientes no espectro, essas proteínas acabam escapando para rede sanguínea em forma de peptídeos, os quais têm estrutura molecular semelhante a opiáceos, afetando o cérebro de forma semelhante a norcóticos como a morfina. Crianças com intolerâncias ao glúten e à caseina costumam viciar-se a alimentos que possuem essas proteínas, e na maioria das vezes esse problema é despercebido pelos pais que não tem conhecimento desse fato. Existem alguns pacientes que rejeitam qualquer outro alimento, preferindo apenas se alimentar de leite e pão, ficando então presas em um ciclo de dependência bioquímica. A dieta sem glúten e sem caseina tem o objetivo de liberar o paciente dessa dependência, possibilitando uma dieta mais variada e nutritiva.  
Outros problemas que o tratamento biomédico ajuda e reduzir, são problemas gastrointestinais, geralmente resolvendo o problema de leveduras e repopulando a flora gastro-intestinal com lactobacillus e outros probióticos. Também, a deficiência vitamínica é comum pelo fato de pessoas com autismo terem uma capacidade reduzida de absorção gastrointestinal, nesse caso, muitas vezes as vitaminas do complexo B são muito escassas, tendo entre elas a vitamina B6 que é necessária na síntese de vários neurotransmissores e sua integração tem sido associada com melhora na atenção e fala.
     Somente sabemos que estamos no caminho certo quando vemos que estamos alcançando resultados, e isso já estamos tendo muito com os tratamentos biomédicos, pois os Doutores ten reportado resultados nunca vistos antes com outros tratamentos para o autismo, tais como pacientes que eram considerados crianças impossíveis, e agora estão indo bem na escola, crianças que não falavam, e agora falam, além de pacientes que viviam em cárcere privado e hoje andam nas ruas pacificamente. Se todo o Brasil continuar seguindo na mesma direção, com entidades e profissionais se unindo para alcançar o mesmo objetivo, sabendo que o tratamento biomédico, integrado com o terapêutico, nutricional e pedagógico abrirá a porta para uma vida com um grande potencial.

Referências
  1. http://autism.com/
  2. Dr. William Shaw, Tratamentos Biológicos para o Autismo e TDAH
  3. http://www.autismoinfantil.com.br

Inconformado com 1 em 88

Inconformado com 1 em 88

Inconformado com 1 em 88 – por Alysson Muotri
02/04/12
O dia 2 de abril é especial. É o momento do ano em que diversas pessoas mundo afora param para refletir sobre o autismo, um conjunto de diversas síndromes que afetam a habilidade de socialização, linguagem e comportamento humano.
Por muito tempo, acreditava-se que pessoas dentro do espectro autista eram raras, uma minoria. Porém, com um trabalho de conscientização intenso, familiares e cientistas conseguiram convencer os médicos e a sociedade de que o autismo não é tão raro assim. Desde então, a prevalência do autismo tem sido motivo de discussão. Dados recentes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) agora mostram que uma em cada 88 crianças nos Estados Unidos são diagnosticadas com autismo (http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/ss6103a1.htm?s_cid=ss6103a1_w). Os números representam um aumento de 23% nos casos entre 2006 e 2008 e 78% de aumento desde 2002. Ainda assim, é possível que o estudo esteja subestimando números reais. Um estudo publicado ano passado mostrou incidência de autismo de um em 38 crianças na Coréia do Sul. É provável que os números no Brasil não sejam muito diferentes dos Estados Unidos, mas ainda não existe um estudo formal feito no país.
Os dados novos de CDC, liberados ao público na última quinta-feira (29), mostra que incidência aumentou entre a população negra e hispânica. A diferença entre sexos é grande, um em cada 54 é a proporção para os meninos, cinco vezes maior que em meninas. Sabemos muito pouco de por que o autismo tem um viés masculino. Algumas hipóteses associam genes duplicados no cromossomo X – do qual as meninas têm duas cópias – como um fator protetivo.
Parte da justificativa desse aumento parece estar associada a uma melhora no diagnóstico e conscientização da população. A idade média de diagnóstico caiu de quatro anos e meio para quatro anos. Porém, muitos pais detectam o problema bem mais cedo, o que sugere que o processo de diagnóstico pode melhorar muito ainda. Uma contribuição ambiental ainda desconhecida também tem sido apontada como um fator que justificasse a alta incidência de autismo nos dias de hoje, mas não existe evidência científica forte o bastante pra apoiar essa idéia. Não importa se estes fatores justificam ou não por completo os números do CDC; de toda forma, o aumento é preocupante e sugere um quadro epidêmico. São mais de 1 milhão de crianças afetadas, com um custo anual de US$ 126 bilhões nos Estados Unidos.
Infelizmente, por trás de toda essa estatística, estão familiares e pacientes, que se esforçam todos os dias para lidar com a condição. A preocupação com o futuro dessas crianças é justificável e a luta para torná-los independentes começa cedo. Erra quem pensa que isso é um problema das famílias dos pacientes apenas. Crianças são as maiores riquezas de um país e preservar os cérebros delas é garantir o futuro competitivo. Ignorar o problema é a pior coisa que um governo pode fazer. A isenção da iniciativa privada também preocupa. Custos com seguros saúde vão aumentar drasticamente, afetando a produção daqueles que cuidam de crianças autistas, por exemplo. Com esse tipo de prevalência na população é difícil de encontrar quem não seja, direta ou indiretamente, afetado pelo autismo.
Em tempos de crise, a história tem mostrado que o incentivo a pesquisa na área é o que, em geral, leva à solução do problema. Jovens adultos e crianças da atual geração nunca devem ter ouvido falar de poliomielite ou pólio. Isso porque a epidemia de pólio, que deixou milhares de crianças e adultos paralizados por volta de 1910, foi erradicada a partir de iniciativas como a “Corrida contra o pólio” nos anos 50, que investiu pesado na busca científica da “cura” do problema. Pólio continua sem cura, mas foi erradicado da maioria dos países através do financiamento de uma vacina, originada numa polemica pesquisa do médico Jonas Salk.
O mundo é formado, em sua maioria, por pessoas conformadas, e por uma minoria de pessoas que não se conformam. São os conformados que nos trazem conforto nas horas mais difíceis, que nos ensinam a aceitar as situações como são e agradecer por aquilo que temos. São os conformados que vão te dizer que o autismo não tem solução, que não há o que fazer. Mas são os inconformados que transformam nossa perspectiva e que fazem o mundo melhor. Acho que o quadro de autismo atual pede um plano nacional de ataque, a criação de um centro de excelência em autismo brasileiro, formador de profissionais qualificados e com pesquisada cientifica de ponta com colaborações internacionais. Será preciso reunir pais, políticos, terapeutas, médicos e cientistas inconformados e que estejam dispostos a lutar por dias melhores.

Fonte: http://g1.globo.com/platb/espiral/2012/04/02/inconformado-com-1-em-88/