terça-feira, 12 de junho de 2012

Osteopatia Tratando Autista e dando Resultado

Como pode a Terapia Sacro-Craniana ajudar no tratamento do autismo?

A Terapia Sacro-Craniana (TSC) tem demonstrado, através da diminuição do esforço e da tensão estruturais do seu Sistema Nervoso Central, poder ajudar os autistas, quer a descobrirem o mundo em torno deles, quer a reconhecerem o seu papel dentro dele.

Até agora não é conhecida nenhuma causa para o Espectro Autista (EA). Estima-se que a desordem do EA afecte uma criança em cada 150 nascimentos e que a sua taxa de diagnóstico esteja a aumentar de 10 a 17 por cento todos os anos.

Actualmente o EA é considerado uma inabilidade de desenvolvimento humano intelectual e social com origem em desordens biológicas e/ou neurológicas que afectam o desenvolvimento do cérebro.

O método recente de tratamento do autismo criado pelo Dr. John Upledger, responsável pela implementação e divulgação da Terapia Sacro-Craniana pelo mundo, é baseado na sua experiência a trabalhar com crianças autistas e nos resultados apresentados depois do tratamento. Pesquisas efectuadas na Universidade Johns Hopkins, nos EUA, comprovaram a existência de " níveis aumentados de cytokines pro-inflamatórios, activação neuroglial e alterações de indicadores inflamatórios” no líquido céfalo-raquidiano (LCR) dos pacientes autistas. De uma forma simplista, o EA é causado parcialmente por uma perda de flexibilidade, e pela provável inflamação, das camadas de membranas em redor do cérebro.

Esta situação pode criar forças restritivas nos tecidos cerebrais que por sua vez provocam uma tensão adversa nos núcleos hipotálamicos, do Sistema de Reticular e do Sistema Nervoso Autónomo; hiper-excitação e hipersensibilidade dos neurónios, das células gliais e das estruturas neurológicas; mudança anormal da pressão dentro dos tecidos do cérebro; influência adversa no Sistema Límbico (emocional); resposta hiperactiva do Sistema Imunológico (do Sistema Nervoso Central); congestionamento e toxicidade dos tecidos do cérebro; e o comprometimento do Sistema Endócrino.

O que é entendido e observado como um comportamento típico de desordem de EA nos relacionamentos sociais, na comunicação e no pensamento imaginativo, podem ser os efeitos do caos interno - criados pelo aperto e pela irritação anormais das membranas no cérebro. Combinar esta tensão enorme, criada por um recipiente cerebral anormalmente inflexível, com um processo inflamatório, pode confinar o cérebro a uma complicada agitação biomecânica e bioquímica.

O ponto de vista da TSC no tratamento do EA

O objectivo da Terapia Sacro-Craniana visa aumentar o movimento equilibrado:

· das camadas de membranas que envolvem o cérebro
· dos fluidos (sangue e LCR) na sua circulação de e para o crânio, e por entre os tecidos do cérebro e da espinal medula;
· das áreas do corpo que não mostram uma resposta normal ao Ritmo Sacro-Craniano, que podem dificultar o funcionamento do Sistema Sacro-Craniano e do cérebro.

Num indivíduo que sofre de desordem do EA, a terapia inicia-se frequentemente no crânio para encontrar uma área que tenha uma maior resposta ao movimento ao Ritmo Sacro-Craniano. Para poder criar um maior movimento nesta área aplicam-se técnicas manuais suaves e indolores de libertação das restrições e de bombeamento dos fluidos.

O aumento do movimento é usado como uma ferramenta biomecânica dinâmica - uma mão é usada para continuar a aumentar o movimento e dirigir o fluxo fluido, enquanto a outra mão é usada para incentivar o movimento nas áreas “presas”. Pouco a pouco, as pequenas alterações criam mudanças maiores que activam a mobilidade do recipiente cerebral (o Sistema Sacro-Craniano).

O aumento do movimento das membranas em torno do cérebro ajudam a levar as toxinas e a inflamação para fora dos tecidos do cérebro. Logo que este processo tenha inicio, melhora naturalmente o processamento bioquímico, que por sua vez aumenta a função dos neurónios e ligações neurológicas.

O aumento da mobilidade das membranas em torno dos tecidos cerebrais e dos fluidos cranianos ajudam a diminuir as tensões anormais tensões a que o cérebro esteve sujeito. Isto dá às células do cérebro uma maior facilidade em processar e reagir a todo o tipo de informação. Tal como Donna Williams diz no seu livro, “Autism: An Inside-Out Approach “- " Quando eu era uma criança, os meus sentidos não trabalhavam bem e a minha resposta à luz, ao som e ao toque não eram sem sentido, mas sim demasiado agudos. Eu não só não compreendia o mundo, como igualmente não conseguia estar nele." A TSC pode delicadamente ajudar as pessoas que sofrem de desordem de EA a encontrarem novos níveis de tolerância, de compreensão e de resposta dentro deles próprios e para com o mundo que os rodeia.

Muito embora este artigo se centre no cérebro, a Terapia Sacro-Craniana é dirigida ao corpo inteiro, uma vez que restrições dos tecidos em qualquer lugar podem afectar as membranas que envolvem o Sistema Nervoso Central. A TSC ajuda a aumentar o bem-estar do corpo e dos seus mecanismos de compensação, ao facilitar a função neurológica. Isto, por sua vez, pode melhorar a estrutura e a função do corpo no seu conjunto, e desse modo ajudar a corrigir a disfunção de todos os sistemas envolvidos na desordem do EA., sejam eles o sistema digestivo, cardíaco, endócrino, imunitário, etc., etc.

A Terapia Sacro-Craniana combina igualmente bem e melhora o desempenho de outras terapias que as pessoas afectadas pelo autismo possam estar a utilizar, como a Manipulação Visceral, a Terapia de Integração Sensorial, a Terapia de Desenvolvimento Neuronal, a Terapia da Fala, a Terapia Ocupacional, a Fisioterapia, os programas da dieta, os programas de desintoxicação, a Homeopatia e outros. Ao trabalhar com uma criança, é muito útil manter um programa consistente de TSC, uma vez que há uma tendência para que as membranas de uma criança com EA “apertem” devido ao crescimento natural da mesma.

A TSC é um caminho para a correcção do Sistema Nervoso

A Terapia Sacro-Craniana é suave e abraça cada autista como um caso único. Através deste conceito e de técnicas suaves e delicadas, podem ser iniciadas mudanças. A TSC pode ajudar o cérebro a diminuir os níveis anormais de inflamação, de irritabilidade sensorial, de tensão, de toxicidade e de caos. Isto pode conduzir a uma maior facilitação e eficiência no funcionamento do Sistema Nervoso, que se manifesta frequentemente numa redução dos sintomas de EA.

Febre durante a gravidez pode dobrar riscos de autismo no bebê, diz estudo


Medicamentos para tratar a condição na gestação podem prevenir o atraso de desenvolvimento da criança

Por Minha Vida - publicado em 30/05/2012
 

Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que mães quem têm febre durante a gravidez podem ter duas vezes mais chances de ter um filho com autismo ou atraso de desenvolvimento. Os pesquisadores alertam que mulheres grávidas que apresentarem febre precisam procurar um médico e tomar a medicação adequada. 
Os resultados são baseados em dados de um grande estudo conhecido como Childhood Autism Risk from Genetics and the Environment (CHARGE), que inclui mais de mil crianças entre dois e cinco anos e suas respectivas mães. O estudo mostrou que a febre de qualquer causa durante a gravidez foi mais provável de ser relatada por mães de crianças com autismo (chance 2,12 vezes maior) ou atraso de desenvolvimento (2,5 vezes maior probabilidade), em comparação com mães de crianças que estavam se desenvolvendo normalmente. 
Os pesquisadores sugerem que o uso de medicação para tratar a febre durante a gestação pode ajudar a prevenir o aparecimento de autismo na criança. Segundo eles, quando as pessoas são infectadas por bactérias ou vírus, o corpo geralmente reage com a febre, que é uma resposta de cura que envolve a libertação de moléculas chamadas citocinas pró-inflamatórias, que vão para a corrente sanguínea. Algumas citocinas são capazes de atravessar a placenta e, portanto, atingir o sistema nervoso central do feto, potencialmente alterando o desenvolvimento do cérebro. Eles também lembram que a febre crônica é mais comum em mães com anormalidades metabólicas, como diabetes e obesidade. No entanto, mais investigação é necessária para identificar os caminhos por meio dos quais a inflamação pode alterar o desenvolvimento cerebral. 

Combata inimigos que podem aumentar chances de autismo

Outros estudos também apontam a relação entre problemas na gestação e autismo. Outro estudo desenvolvido na Universidade da Califórnia (EUA), por exemplo, apontou que mulheres que apresentam obesidade, diabetes ou pressão alta durante a gravidez podem ser mais propensas a ter filhos com autismo. A pesquisa incluiu 1.004 crianças com idades entre dois e cinco anos e suas respectivas mães. Durante a gravidez, o sistema imunológico da mulher é responsável por manter sua saúde e ainda garantir que o bebê tenha o desenvolvimento adequado. Por isso, ao longo dos nove meses, o pré-natal e outros cuidados especiais precisam ser seguidos à risca para evitar uma série de inconvenientes. Para passar longe dos perigos, veja as dicas da coordenadora do setor de Ultrassonografia Viviane Lopes, do Laboratório Femme.