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sábado, 23 de março de 2013

Novos dados alarmantes sobre autismo: 1 em 50 crianças é afetada, diz estudo


Especialistas reforçam que a comunidade médica precisa estar preparada para lidar com o transtorno

Crescer

Editora Globo
As novas estatísticas do Centro Nacional de Saúde e Estatística mostram que o número de crianças norte-americanas afetadas pela desordem do espectro autista (DEA) aumentou consideravelmente no último ano. Na última medição, uma em cada 88 crianças tinha o transtorno, agora, esse número aumentou para uma em cada 50.

Para o estudo, foram entrevistadas mil famílias em diferentes regiões dos Estados Unidos que tiveram que responder perguntas sobre saúde, incluindo se o filho sofria com o transtorno autista e quando ele havia sido diagnosticado. As crianças analisadas estavam na faixa dos seis aos 17 anos. Para o estudo anterior, foram consideradas crianças na faixa dos 8 anos que haviam sido diagnosticadas em centros médicos e registros oficiais.

Leia também: As conquistas de uma criança autista

Essa elevação das taxas do transtorno indica, segundo o autor da pesquisa Stephen Blumberg, que provavelmente haverá mais demanda por serviços e tratamentos e que os profissionais de saúde precisam estar preparados. Assim como os outros estudos, os novos dados mostraram também que os meninos têm quatro vezes mais probabilidade de ter autismo e que entre 15% e 20% das crianças diagnosticadas não têm mais a condição.

A ciência não descobriu até hoje a causa da doença. O que os especialistas concordam é a forte influência da genética na alteração do funcionamento do cérebro do autista. Alguns genes – e muitos foram identificados – podem ser herdados dos pais, algo raro, ou sofrer  mutações durante a formação do embrião. Mas não para por aí. Várias teorias são relacionadas a todo momento com o aparecimento do transtorno, mas nem todas são referendadas pelos médicos e nada é conclusivo. Alimentação, infecções na gravidez e até intercorrências no parto ou nos primeiros anos de vida integram essa lista. As pesquisas relacionam até fertilização in vitro e prematuridade.

Segundo Antonio Carlos de Farias, neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe (PR), o diagnóstico de autismo não é simples, e deve ser feito por um especialista, mas os pais devem estar atentos desde cedo com o comportamento dos bebês. Em especial aqueles que não oscilam reação de fome ou frio, ficam muito quietos no berço, demonstram uma fixação maior pelo objeto que pelas pessoas e não têm costume de olhar nos olhos”, diz.
Fonte  :http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer

terça-feira, 12 de junho de 2012

Febre durante a gravidez pode dobrar riscos de autismo no bebê, diz estudo


Medicamentos para tratar a condição na gestação podem prevenir o atraso de desenvolvimento da criança

Por Minha Vida - publicado em 30/05/2012
 

Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que mães quem têm febre durante a gravidez podem ter duas vezes mais chances de ter um filho com autismo ou atraso de desenvolvimento. Os pesquisadores alertam que mulheres grávidas que apresentarem febre precisam procurar um médico e tomar a medicação adequada. 
Os resultados são baseados em dados de um grande estudo conhecido como Childhood Autism Risk from Genetics and the Environment (CHARGE), que inclui mais de mil crianças entre dois e cinco anos e suas respectivas mães. O estudo mostrou que a febre de qualquer causa durante a gravidez foi mais provável de ser relatada por mães de crianças com autismo (chance 2,12 vezes maior) ou atraso de desenvolvimento (2,5 vezes maior probabilidade), em comparação com mães de crianças que estavam se desenvolvendo normalmente. 
Os pesquisadores sugerem que o uso de medicação para tratar a febre durante a gestação pode ajudar a prevenir o aparecimento de autismo na criança. Segundo eles, quando as pessoas são infectadas por bactérias ou vírus, o corpo geralmente reage com a febre, que é uma resposta de cura que envolve a libertação de moléculas chamadas citocinas pró-inflamatórias, que vão para a corrente sanguínea. Algumas citocinas são capazes de atravessar a placenta e, portanto, atingir o sistema nervoso central do feto, potencialmente alterando o desenvolvimento do cérebro. Eles também lembram que a febre crônica é mais comum em mães com anormalidades metabólicas, como diabetes e obesidade. No entanto, mais investigação é necessária para identificar os caminhos por meio dos quais a inflamação pode alterar o desenvolvimento cerebral. 

Combata inimigos que podem aumentar chances de autismo

Outros estudos também apontam a relação entre problemas na gestação e autismo. Outro estudo desenvolvido na Universidade da Califórnia (EUA), por exemplo, apontou que mulheres que apresentam obesidade, diabetes ou pressão alta durante a gravidez podem ser mais propensas a ter filhos com autismo. A pesquisa incluiu 1.004 crianças com idades entre dois e cinco anos e suas respectivas mães. Durante a gravidez, o sistema imunológico da mulher é responsável por manter sua saúde e ainda garantir que o bebê tenha o desenvolvimento adequado. Por isso, ao longo dos nove meses, o pré-natal e outros cuidados especiais precisam ser seguidos à risca para evitar uma série de inconvenientes. Para passar longe dos perigos, veja as dicas da coordenadora do setor de Ultrassonografia Viviane Lopes, do Laboratório Femme.