Um dos objetivos primordiais do curso é
colocar em discussão e problematizar sobre a questão da Educação
Inclusiva e seus desdobramentos no projeto político pedagógico e na
prática da sala de aula.
Publicada em 23 de julho de 2012 - 17:15
Com o intuito de aperfeiçoar os professores da rede pública de ensino para o uso de
Tecnologia Assistiva (TA) e de
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) voltadas a estudantes com
deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e/ou altas
habilidades/superdotação, o MEC oferece, por meio da Universidade Aberta
do Brasil (UAB), a quinta edição do curso
“Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão Escolar”.
O curso é oferecido pelo
MEC no âmbito da
Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a
Unesp por
meio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex). Ministrado a
distância, o curso iniciou no começo de julho com uma ambientação aos
cursistas e vai até dezembro de 2012.
A atividade é estruturada em quatro módulos, nos quais as atividades
serão lançadas em agendas semanais com caráter avaliativo. No total,
1.250 professores estão inscritos para o início do curso, que tem como
coordenadora Denise Ivana de Paula Albuquerque.
Os conteúdos pedagógicos abordados são dispostos no Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA) TelEduc, em apostilas e videoaulas gravadas em
parceria com o Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual
Paulista (NEaD-Unesp).
Um dos objetivos primordiais do curso é colocar em discussão e
problematizar sobre a questão da Educação Inclusiva e seus
desdobramentos no projeto político pedagógico e na prática da sala de
aula. “Através do curso, o professor tem tido a oportunidade de trazer à
tona seus questionamentos acerca da Inclusão e redimensioná-los a
partir das leituras e estudos oferecidos, como também discutir entre os
pares, mediados pelo tutor e formador, as propostas de superação desta
realidade”, relata Jussara Oliveto Miralha, professora conteudista do
curso.
Com sede no Centro de Promoção para a Inclusão Digital, Escolar e
Social (CPIDES) da Unesp, Câmpus de Presidente Prudente, SP, o curso
busca oferecer estratégias pedagógicas e metodológicas para o uso de
TDIC e TA, como recursos educacionais e de acessibilidade na escola aos
professores cursistas de todas as regiões do Brasil.
Esta diversidade cultural dos professores-cursistas é respeitada,
deixando de ser tratada como um problema, de acordo com a coordenadora
de tutores Daniela Jordão Garcia Perez. “Apesar de nossos professores
cursistas possuírem contextos bem diversificados, temos conseguido
atender essas diferenças, com o esforço de nossos tutores e formadores
que são orientados ao longo de todo o curso para amenizar a dificuldade
de cada professor cursista e criar estratégias para que todos consigam
realizar as atividades propostas”.
Perez afirma, ainda, que três estratégias principais são utilizadas
pela coordenação para promover a formação permanente da equipe. A
primeira delas é oferecer um curso de formação para a equipe antes de
cada edição no qual são abordados os conteúdos do curso e também
estratégias pedagógicas de interação. Depois, com o curso em andamento,
um ambiente de equipe é mantido para o recebimento de orientações gerais
do trabalho e, por fim, são realizadas reuniões virtuais quinzenais
para abordar e solucionar possíveis problemas e dúvidas que surgem no
decorrer do curso.
Para Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, idealizadora do projeto e
pesquisadora na área da Educação Inclusiva, é muito importante que todos
os educadores do Brasil sejam formados para melhorar o acesso e,
consequentemente, o aprendizado dos Estudantes Público Alvo da Educação
Especial (EPAEE).
“A Diretoria de Políticas de Educação Especial da Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
(DPEE/SECADI/MEC) possui grandes programas e ações. Além de já ter
distribuído mais de 24.000 salas de recursos multifuncionais, em
parceria com as universidades públicas, ofereceu aproximadamente 50.000
vagas para que os professores de todo país pudessem atuar nestas salas.
Muitos de nossos professores cursistas relatam sobre as perspectivas que
os cursos dão oportunidade para que eles façam um trabalho de qualidade
com os seus estudantes”, comenta Elisa.
Fonte:
http://unesp.br