domingo, 29 de julho de 2012

Unesp e MEC oferecem curso de Educação Inclusiva


Ilustração de um adulto de mãos dadas com crianças


Um dos objetivos primordiais do curso é colocar em discussão e problematizar sobre a questão da Educação Inclusiva e seus desdobramentos no projeto político pedagógico e na prática da sala de aula.
Publicada em 23 de julho de 2012 - 17:15
Com o intuito de aperfeiçoar os professores da rede pública de ensino para o uso de Tecnologia Assistiva (TA) e de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) voltadas a estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação, o MEC oferece, por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), a quinta edição do curso “Tecnologia Assistiva, Projetos e Acessibilidade: Promovendo a Inclusão Escolar”.
O curso é oferecido pelo MEC Site externo.no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB)Site externo., em parceria com a UnespSite externo. por meio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex). Ministrado a distância, o curso iniciou no começo de julho com uma ambientação aos cursistas e vai até dezembro de 2012.
A atividade é estruturada em quatro módulos, nos quais as atividades serão lançadas em agendas semanais com caráter avaliativo. No total, 1.250 professores estão inscritos para o início do curso, que tem como coordenadora Denise Ivana de Paula Albuquerque.
Os conteúdos pedagógicos abordados são dispostos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) TelEduc, em apostilas e videoaulas gravadas em parceria com o Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual Paulista (NEaD-Unesp).
Um dos objetivos primordiais do curso é colocar em discussão e problematizar sobre a questão da Educação Inclusiva e seus desdobramentos no projeto político pedagógico e na prática da sala de aula. “Através do curso, o professor tem tido a oportunidade de trazer à tona seus questionamentos acerca da Inclusão e redimensioná-los a partir das leituras e estudos oferecidos, como também discutir entre os pares, mediados pelo tutor e formador, as propostas de superação desta realidade”, relata Jussara Oliveto Miralha, professora conteudista do curso.
Com sede no Centro de Promoção para a Inclusão Digital, Escolar e Social (CPIDES) da Unesp, Câmpus de Presidente Prudente, SP, o curso busca oferecer estratégias pedagógicas e metodológicas para o uso de TDIC e TA, como recursos educacionais e de acessibilidade na escola aos professores cursistas de todas as regiões do Brasil.
Esta diversidade cultural dos professores-cursistas é respeitada, deixando de ser tratada como um problema, de acordo com a coordenadora de tutores Daniela Jordão Garcia Perez. “Apesar de nossos professores cursistas possuírem contextos bem diversificados, temos conseguido atender essas diferenças, com o esforço de nossos tutores e formadores que são orientados ao longo de todo o curso para amenizar a dificuldade de cada professor cursista e criar estratégias para que todos consigam realizar as atividades propostas”.
Perez afirma, ainda, que três estratégias principais são utilizadas pela coordenação para promover a formação permanente da equipe. A primeira delas é oferecer um curso de formação para a equipe antes de cada edição no qual são abordados os conteúdos do curso e também estratégias pedagógicas de interação. Depois, com o curso em andamento, um ambiente de equipe é mantido para o recebimento de orientações gerais do trabalho e, por fim, são realizadas reuniões virtuais quinzenais para abordar e solucionar possíveis problemas e dúvidas que surgem no decorrer do curso.
Para Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, idealizadora do projeto e pesquisadora na área da Educação Inclusiva, é muito importante que todos os educadores do Brasil sejam formados para melhorar o acesso e, consequentemente, o aprendizado dos Estudantes Público Alvo da Educação Especial (EPAEE).
“A Diretoria de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (DPEE/SECADI/MEC) possui grandes programas e ações. Além de já ter distribuído mais de 24.000 salas de recursos multifuncionais, em parceria com as universidades públicas, ofereceu aproximadamente 50.000 vagas para que os professores de todo país pudessem atuar nestas salas. Muitos de nossos professores cursistas relatam sobre as perspectivas que os cursos dão oportunidade para que eles façam um trabalho de qualidade com os seus estudantes”, comenta Elisa.
Fonte: http://unesp.brSite externo.

sábado, 28 de julho de 2012

AUTISMO – Como tratar os distúrbios gastrointestinais





On 27 de julho de 2012, in Tratamento, by admin

A integridade da mucosa intestinal desempenha um papel importante na absorção de nutrientes e bloquear as toxinas, bactérias, alérgenos e outras moléculas potencialmente prejudiciais ao penetrar na circulação sistêmica.

Um aumento da permeabilidade da barreira intestinal é uma das primeiras consequências de uma longa série de doenças entéricas e conduz para a entrada na circulação de corrente de moléculas com carga de antígena, que pode resultar reações imunitárias generalizadas. Se os anticorpos produzidos contra estes antígenos desenvolverem reação cruzada com os tecidos semelhantes do corpo, começa uma doença auto-imune. Hoje sabemos que as infecções intestinais com Shigella, Salmonella, Campylobacter e Yersina pode causar várias infecções.
A má absorção é caracterizada por excreção anormal nas fezes de gordura (esteatorréia), vitaminas solúveis em gordura, proteínas, hidratos de carbono, minerais e água.

As causas comuns de má absorção incluem: insuficiência enzimática, secreção inadequada de sais biliares, o trânsito acelerado, a alteração da mucosa intestinal e infecções gastrointestinais. A flora bacteriana é composto de cepas resistentes, Lactobacillus acidophilus no intestino delgado e Bacterium bifidum no cólon, que desempenham ações sinérgicas contra cepas resistentes.

Ação fundamental e estratégica é exercida através da inibição da flora bacteriana contra microorganismos patogênicos, como bactérias (Proteus, Salmonella), (Candida) fungos, vírus e parasitas.
Para as crianças autistas a função intestinal é alterada na maioria dos casos, devido à disbiose, infecções bacterianas, fúngicas e parasitárias. Permeabilidade intestinal alterada é útil para compreender a ligação entre o autismo e desordens auto-imunes, alergias alimentares, desequilíbrios digestivos, crescimento de bactérias e fungos, bem como deficiências de nutrientes, tais como magnésio, zinco, triptofano entre outros.

Avaliação da permeabilidade intestinal É possível avaliar a capacidade de duas moléculas de açúcar não metabolizáveis: lactulose e manitol. Estes hidratos de carbono não são metabolizados pelas enzimas digestivas e em condições fisiológicas, enquanto que o manitol é rapidamente absorvido através da membrana do enterócito, a lactulose através das junções intercelulares em quantidades mínimas. Ambos os açúcares são testados na urina e reflete a sua relação às condições de permeabilidade e de absorção da barreira gastrointestinal. A permeabilidade é alterada quando a proporção de lactulose / manitol é maior do que 0,02.

Como é feito? O paciente ingere a substância teste e avalia o % com que aparecem na urina nas próximas 6 horas.

Resultado:
Intestino saudável: absorção média de 14% de manitol, < 1% de lactulose e relação lactulose / manitol < 0,03

Aumento de lactulose na urina – alta permeabilidade paracelular
Aumento de manitol na urina – alta permeabilidade transcelular

OBS: O resultado deve ser interpretado por médicos e/ou nutricionistas

Como tratar os distúrbios gastrointestinais?

  • Redução do processo inflamatório
  • Dieta de eliminação
  • Tratamento da permeabilidade intestinal
  • Melhora da função digestiva
  • Otimização da absorção dos nutrientes
  • Modulação da resposta imunológica
  • Equilíbrio da microbiota intestinal

Programa dos 6 Rs

Remover:
Patógenos, xenobióticos e alergenos alimentares

Reinocular:
Probióticos e ofertar prebióticos

Recolocar:
Enzimas digestivas (se necessário)

Re-equilibrar:
Hábitos de vida saudáveis

Reavaliar:
Objetivos alcançados (ou não) x condutas

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Dra.Jaqueline Araujo
CRN4 11101020
Nutrição Clínica Funcional e Ortomolecular
Especialista no Tratamento Biomédico do Autismo
Consultório:
Av.das Américas, 500 Bl.21 sl.247
Barra da Tijuca – RJ
Tel: (21)3153-7561 / (21)8031-9993
www.jaqueline.nutricao.inf.br
Moderadora do grupo: Tratamento do Autismo no facebook
Facebook: http://www.facebook.com/jaqueline.araujo1

Autismo Nutrição

Maurício de Sousa criou André, personagem autista, para conscientizar a sociedade sobre essas pessoas tão especiais. pessoas tão especiais.

André é o mais novo personagem com deficiência da Turma da Mônica. Ele é autista. Foi criado em homenagem a um sobrinho neto de Maurício de Sousa.

Assista ao vídeo

Turma da Mônica - Personagens de inclusão




Segundo Maurício de Sousa, pai da Turma da Mônica, ter personagens com deficiência nas histórias é uma forma de promover a inclusão e, ao mesmo tempo, a diversidade.





A Turma já tinha o coleguinha Humberto, criado em 1981, que é surdo .Ele nasceu assim. Se comunica com a linguagem de sinais - LIBRAS Ele brinca e interage com os outros personagens como uma criança qualquer.




a Turma ganhou mais dois amiguinhos: Dorinha e Luca.








Dorinha, é a primeira personagem deficiente visual (cega) do desenhista Maurício de Sousa, recebeu este nome em homenagem a Dorina Nowill, uma mulher que perdeu a visão quando criança,lutou na vida e acabou se tornando um exemplo de força de vontade e simpatia. Criou a Fundação Dorina Nowill, uma referência como instituição, que oferece assistência a cegos. A personagem é uma garota esperta que não precisa dos olhos para enxergar o que quiser. Dorinha tem um cão guia chamado Radar.








Luca, um garoto cadeirante, amante dos esportes, principalmente de basquete, que foi apelidado carinhosamente pelos novos amiguinhos de “Da Roda” Segundo Maurício de Sousa, Luca será responsável por mostrar às outras crianças as possibilidades de uma infância feliz, interativa, independentemente de qualquer deficiência física.








Tati, personagem da Turma da Mônica, inspirada em Tathiana Piancastelli. Ela é tem Síndrome de Down. As pessoas que têm Down têm algumas características em comum - como explica a própria revista da turma estrelada por Tati, elas têm o rosto fofinho e olhos puxados, às vezes falam enrolado e possuem um ritmo de aprendizado um pouco mais lento que as demais crianças. Mauricio criou a personagem com o intuito de mostrar às pessoas que, quem nasce com a Síndrome de Down pode até aprender mais devagar, mas assim como qualquer um, merece respeito e carinho.









André é o mais novo personagem com deficiência da Turma da Mônica. Ele é autista. Foi criado em homenagem a um sobrinho neto de Maurício de Sousa. Autismo é um transtorno do desenvolvimento psiconeurológico, que afeta a capacidade da pessoa de se comunicar, de compreender e de falar, comprometendo o convívio social. Manifesta-se na infância, por volta dos três anos de idade e é mais comum em meninos do que em meninas.

domingo, 22 de julho de 2012

Premio Top Blog 2012

Premio Top Blog 2012
Categoria saúde




Compartilho com todos meus queridos amigos, leitores e seguidores que do BLOG UNIVERSO AUTISMO está participando da premiação do TOP BLOG 2012. É com gratidão a todos os que acompanham meu trabalho e no real interesse em compartilhar conhecimento que peço a todos que divulguem e votem para que mais pessoas possam se beneficiar.


O
Prêmio Top Blog é um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante votação popular (júri popular) e acadêmica (júri acadêmico), os blogs brasileiros mais populares que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal e Profissional) e suas respectivas categorias.

O objetivo do Prêmio Top Blog é promover, divulgar e apoiar a iniciativa dos proprietários de blogs, que interagem socialmente pela rede
internet, com finalidade de compartilhar seus conhecimentos, ideias, experiências e perspectivas, contribuindo solidariamente com o desenvolvimento social e cultural do Brasil


Como Votar?


É bem simples e rápido:

1) Clique no banner do Prêmio Top Blog 2012 do lado esquerdo do blog ou no banner abaixo.


2) Em seguida vote e confirme seu voto no seu e-mail, se você estiver logado no facebook é mais fácil ainda!
OBS: Fique de olho no seu email!

3) Divulgue a votação para seus amigos e conhecidos.

 

E por fim fica o meu muito obrigada pelo voto, torcida e por acompanhar o blog!

sábado, 21 de julho de 2012

Brinquedo para Todos - Parque infantil inclusivo - Acessibilidade - Desenho Universal

 Diversidade e Diversão



Brinquedos para crianças com deficiências físicas, mesmo aquelas com deficiências neuromotoras graves, para crianças com deficiências iintelectuais, sensoriais, etc.
Para adolescentes, para adultos. Para Todos.
Todos os brinquedos podem ser utilizados de forma diversificada.

http://www.expansao.com/

expansao@expansao.com

Dilma e a luta pela criação de um centro de pesquisa sobre autismo

A mãe inconformada e a presidente


CRISTIANE SEGATTO
CRISTIANE SEGATTO  Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo. Para falar com ela, o e-mail de contato é cristianes@edglobo. (Foto: ÉPOCA)


Raimunda Gonçalves Melo, a Ray, é mineira de Luisburgo, florista, casada com um subtenente do Exército e mora na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Nada a caracteriza e a ocupa mais do que ser mãe de Filipe, um rapaz autista de 28 anos.
Filipe nasceu e se desenvolveu normalmente até um ano e meio de idade. Falava muitas palavras e até cantarolava “Boi da Cara Preta”. Nos meses seguintes começou a ficar quieto. Não respondia aos estímulos de palavras e brincadeiras. Não interagia.
Hoje Filipe balbucia poucas palavras, mas se expressa de várias formas. Faz pinturas abstratas em telas de até três metros. Olha o Segundo Caderno, do jornal O Globo, diariamente. Seleciona os filmes que pretende assistir, busca os trailers na internet e decide o programa da família nas noites de terça – o dia em que o ingresso do cinema é mais barato.
Desde que Ray o ensinou a usar o Google, um mundo se abriu. Quando ouve uma música em inglês ou alguém falando a língua estrangeira na TV, Filipe arrisca escrevê-la num papel. E insiste para a mãe ajudá-lo a conferir a grafia na internet. Para espanto de Ray, que não sabe inglês, o garoto quase sempre acerta.
As associações que o cérebro dele é capaz de fazer escapam da compreensão da família. Dia desses, quando viu a vinheta da novela Avenida Brasil, Filipe puxou um papel e escreveu “Avenida Copacabana”.
Os avanços que Filipe conquistou se devem ao acompanhamento que sempre recebeu no Hospital do Exército e ao compromisso de Ray. Foi ela quem buscou as aulas de pintura, quem o matriculou na escola, quem fez tudo o que pôde para ensinar o que sabia e aproximá-lo da sociedade – em vez de excluí-lo por excesso de zelo, vergonha ou desesperança.
Ray é inconformada. Felizmente não é a única. A vida a aproximou de outro inconformado, o biólogo paulista Alysson Muotri, um rapaz que está construindo uma carreira brilhante e hoje é professor na Universidade da Califórnia, em San Diego.
Raimunda ao lado de seu filho Filipe, um rapaz autista de 28 anos (Foto: Arquivo pessoal)
No final de 2010, a equipe de Alysson chamou a atenção da comunidade científica internacional ao conquistar três feitos inéditos:
- o grupo criou neurônios autistas em laboratório
- demonstrou que eles são diferentes dos neurônios normais desde o início do desenvolvimento
- conseguiu tratar os neurônios autistas e fazer com que eles se comportassem como neurônios normais
A matéria-prima que permitiu esse avanço foram células da pele de pacientes autistas. Em laboratório, Alysson fez com que elas regredissem ao estágio de células-tronco embrionárias (aquelas que são capazes de originar qualquer tipo de tecido). Em seguida, as transformou em neurônios idênticos aos dos pacientes.
As drogas que Alysson usou para curar os neurônios autistas são tóxicas para uso humano. Ainda não representam a cura. Nos últimos anos, a pesquisa avançou. Ele tem viajado o mundo para apresentar os resultados do laboratório a empresas interessadas em testar nas células drogas novas ou antigas que, potencialmente, poderiam curar o autismo. 

O autismo afeta cerca de 1% das crianças norte-americanas. O custo para o governo durante a vida de um único indivíduo autista beira os US$ 3,2 milhões (quase R$ 6,5 milhões). Isso representa um custo anual de US$ 35 bilhões (quase R$ 71 bilhões) para a sociedade americana. Números semelhantes se aplicam à esquizofrenia. Quase o triplo é gasto com o mal de Alzheimer.
Alysson e as empresas acreditam naquilo que tem sido chamado de “reposicionamento de drogas”. A ideia é pegar uma droga que falhou em estágios clínicos para uma doença “x” e testá-la contra uma doença “y”. Remédios que já foram testados em humanos e não serviram para o Alzheimer podem ser úteis para o autismo, por exemplo.
Como toda a etapa de estudos necessários para comprovar que a droga é segura para uso em humanos já foi feita, a realocação de medicamentos permite encurtar em pelo menos dois anos o tempo de chegada de um remédio ao mercado.
Neurônios humanos são complexos. “Por isso aposto em novos modelos produzidos a partir da reprogramação celular, gerando redes neurais derivadas de pacientes em quantidades suficientes para testes em laboratório”, diz Alysson.
Uma das obras feitas por Filipe (Foto: Arquivo pessoal)
“Mesmo com as limitações da reprogramação genética – afinal, não deixa de ser um modelo humano in vitro –, acredito que seja o que mais se aproxima do sistema nervoso do paciente. O sucesso dessa nova forma de encarar a busca por fármacos vai depender de centros criados a partir de consórcios colaborativos e multidisciplinares entre cientistas e a comunidade clínica – acelerando os testes em humanos”, escreveu Alysson recentemente no blog Espiral.
Foi nesse ponto que a história dele e a de Ray se encontraram. Juntos, pretendem convencer o governo federal e as agências de fomento (como CNPq e Fapesp) a criar no Brasil o primeiro centro especializado em autismo. Ali seriam feitas as pesquisas, mas não só isso. Os pacientes e as famílias receberiam acompanhamento de diversos especialistas com o objetivo de desenvolver as capacidades das crianças e integrá-las à sociedade.
Alysson está escrevendo o projeto em conjunto com especialistas de outras áreas. A intenção é apresentá-lo em breve ao Ministério da Saúde e ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Obra feita por Filipe (Foto: Arquivo pessoal)
De sua parte, Ray não sossega. “O que faço é para meu filho e para o de todas”, diz. O pleito das mães dos autistas chegou à presidente Dilma numa cerimônia realizada no ano passado em Brasília. Ela disse ter interesse em ouvir a proposta e pediu que procurassem Bigode, apelido de Cândido Hilário, assessor da Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República.
Nos últimos meses, Ray falou com ele várias vezes por telefone. Bigode prometeu visitá-la em breve na Ilha do Governador. Ray acreditou. Nele e na transformação social que um governo é capaz de produzir quando decide fazer isso.
Filipe anda produzindo como nunca. Ray sonha com o dia em que ele possa ver suas obras expostas fora das paredes de casa. Ela procura empresas que tenham interesse em estampá-las em embalagens de produtos ou em anúncios promocionais.
“Se o Filipe puder reconhecer uma obra numa embalagem, alguma coisa vai brotar na cabeça dele”, diz Ray. “O ser humano se torna presente na sociedade quando realiza algo. Cada trabalho realizado é um novo neurônio, uma nova esperança.”
Mãos à obra, Filipe, Ray, Alysson, Bigode, Dilma e quem mais quiser se juntar ao bando dos inconformados.
(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Homem salva menina Autista que caiu de 3º andar de prédio nos EUA

17 de julho de 2012 12h26 atualizado às 12h50 

 

 


A ação corajosa de um homem salvou a vida de uma menina de 7 anos que caiu do terceiro andar de um edifício no Brooklyn, em Nova York, após tropeçar enquanto cantava e dançava em cima da caixa do ar condicionado.
Stephen St. Bernard, 52 anos, foi alçado nesta terça-feira ao status de herói depois que a imprensa americana divulgou imagens do caso, que aconteceu ontem.
Motorista de ônibus, St. Bernard caminhava perto do prédio onde a menina estava e, ao ser alertado sobre o risco de queda de Keyla McCree, estendeu seus braços e a segurou em plena queda, fazendo com que ela escapasse ilesa.
"É um milagre", disse Shaleema McCree, mãe da menina - que tem autismo -, segundo o jornal New York Post.
As imagens da queda foram captadas pelo smartphone de um vizinho e transmitidas em redes de televisão locais, além da internet.
St. Bernard, que vive no mesmo complexo de apartamentos, relatou que ouviu várias pessoas gritarem que havia uma menina sobre a caixa do ar condicionado de um apartamento, e que "rezou para chegar a tempo".
O salvador de Keyla, que disse que a menina "estava dançando e sorrindo", inconsciente do perigo, sofreu uma lesão em um tendão do braço, foi atendido em um hospital e já liberado. A menina também passou por exames, que não constataram ferimentos.
EFE
EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.

Casa Civil do Rio Grande do Sul recebe a Rede Gaúcha Pró-Autismo


O Instituto Autismo & Vida, por meio de seus representantes, estiveram na tarde de ontem (17), juntamente com as demais entidades participantes da Rede Gaúcha Pró-Autismo, reunidos na Casa Civil do Estado do RS, a fim de debater inserções de políticas públicas às pessoas com Autismo no RS.

Demos um importante passo: formatar-se-ão Grupos de Trabalho (GT) com objetivo de discutirmos, amplamente (com apoio da Assembleia Legislativa e Governo do Estado, por suas Secretarias da Saúde, Educação e de Justiça e de Direitos Humanos), a questão do Autismo no RS que - historicamente - a exemplo dos demais estados da federação e da própria União - não recebe a adequada atenção.

Mari Perusso, da Casa Civil, recebe Rede Gaúcha Pró-Autismo

Saímos com a convicção de que, logo ali, no debate e na discussão democrática, alcançaremos nossos objetivos comuns na luta pelos direitos das pessoas com Autismo.

Especiais agradecimentos ao Deputado Alexandre Lindenmeyer e sua assessora Letícia Gorsky - que articularam a agenda junto ao Governo do Estado -, bem como aos representantes da Casa Civil, Mari Perusso e Cezar Martins.
 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Homem autista caminha por 64 km comendo sapos e raízes nos EUA


William foi encontrado vivo por helicóptero após andar por três semanas.
Pai diz que filho decidiu fazer percurso a pé em vez de pegar carona.

Do G1, com AP
Comente agora
Um homem autista sobreviveu comendo sapos e raízes enquanto vagava por semanas no remoto deserto de Escalante no sul do estado norte-americano de Utah, até ser resgatado, muito magro, mas vivo, nesta-quinta-feira (12).
William Martin LaFever, 28, de Colorado Springs, Colorado, disse a equipes de resgate que, além da comida que ele caçou, incluindo alguns sapos, ele bebia a água do rio Escalante ao tentar andar de Boulder, Utah, para Page, Arizona, uma distância de cerca de 144 quilômteros, pelo caminho que ele parecia estar fazendo.
O gabinete do xerife do Condado de Garfield estimou que ele tinha viajado cerca de 64 quilômetros por pelo menos três semanas antes de ser encontrado nesta quinta-feira.
"É um dos terrenos mais acidentados e implacáveis que você vai encontrar em qualquer lugar da Terra. Penhascos irregulares, bordas de pedra, arenito, artemísia" disse a porta-voz do xerife, Becki Bronson, em uma entrevista por telefone.
"Onde William estava caminhando, simplesmente não há ninguém", disse ela. "Não há pessoas. Não há nenhuma cidade."
O departamento do xerife disse que foi notável que os pesquisadores a bordo do helicóptero foram capazes de encontrar LaFever, ainda mais vivo.
O delegado Ray Gardner, que recentemente completou um treinamento em operações de busca e salvamento de pessoas com autismo e estava a bordo do helicóptero, disse que LaFever não teria sobrevivido mais 24 horas.

O helicóptero levou LaFever para um hospital, em Panguitch. O local disse que não poderia divulgar qualquer informação sobre seu estado de saúde.
Assalto
LaFever estava tentando chegar em Page porque seu pai, John LaFever, de Colorado Springs, disse a ele que iria enviar dinheiro para o filho lá, segundo a polícia.
William tinha chamado seu pai no dia 6 ou 7 de junho para dizer que estava caminhando na área de Boulder com seu cachorro, que alguém tinha roubado parte de seu equipamento de caminhada e que ficou sem dinheiro. John LaFever disse a seu filho para pegar uma carona para Page de recolher o dinheiro.
Sem seu pai saber, supostamente, William LaFever decidiu caminhar pelo rio Escalante e depois pegar uma carona de barco ao longo do Lago Powell a Page - o percurso de 144 quilômetros -, ao invés de tentar pegar uma carona, disse o departamento do xerife.
LaFever andou ao longo do rio, mas ficou sem comida. Seu cão o deixou, e Lafever começaram a abandonar o que carregava até só ficar com a roupa e os sapatos que usava quando foi encontrado.
O cão não foi visto desde então. As autoridades não sabem por que o cachorro saiu correndo, disse Bronson.
O telefonema no início de junho foi a última vez que a família soube de LaFever.
Resgate
A especialização de Gardner na busca de pessoas com autismo ensinaram-lhe que autistas são naturalmente atraídos pela água, assim o helicóptero focou noo Rio Escalante, disse o departamento.
A equipe de helicóptero avistou LaFever na tarde desta quinta, sentado no rio Escalante a cerca de cinco quilômetros de Lake Powell, fracamente acenando para o avião. "Em toda a minha carreira nunca vi alguém tão magro", disse Gardner.
Lafever estava tão fraco que não conseguia ficar de pé, mas ele estava tão ansioso para ter contato humano que a princípio ele não parava de falar em vez de comer ou beber, disse o departamento. Ele finalmente parou, tomou uma bebida e comeu uma barra de cereais.