“Todas as doenças começam nos intestinos”
(Hipócrates 460-370 a.C.)
Hoje em dia problemas como autismo,
síndrome do déficit de atenção, dispraxia, dislexia, problemas gerais de
comportamento e aprendizado,, hiperatividade, alergias, asma, eczema,
etc têm atingido níveis assustadores, epidêmicos. Mais do que isso,
esses problemas aparentemente não relacionados, normalmente aparecem
simultaneamente num mesmo paciente. Dificilmente uma criança sofre de
apenas um desses problemas isoladamente. Sofrimento em dobro para pais,
mães e principalmente para a criança.
Crianças autistas em geral sofrem com hiperatividade e a mairia sofre de alergias gravez, asma, eczema dispraxia e dislexia.
Com tantas acontecendo num mesmo
organismo, é impossível não suspeitar de que haja alguma ligação entre
cada um desses problemas. Não é possível que seja apenas uma criança
azarada, que concentrou nela todas as doenças possíveis.
A medicina moderna criou diversos
diagnósticos separados, separou as crianças em “caixas de sintomas”. Mas
as crianças de hoje em dia não se encaixam em apenas uma caixa, elas
sofrem de vários sintomas ao mesmo tempo… Como explicar isso? Como curar
isso?
Por que afinal todas essas condições
estão relacionadas? Qual é a peça que falta para montarmos o
quebra-cabeça e entender de uma vez o que acontece? Por que quando se
tornam adolescentes, muitas dessas crianças se viciam em drogas? Por que
tantas desta crianças, ao se tornarem adultos, são diagnosticadas com
esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar e outros problemas
psiquiátricos e psicológicos?
O que afinal responde a todas essas perguntas?
Segundo a Dra. Natasha Campbell
Mc-Bride, o fator comum entre todas essas pessoas é o péssimo estado do
seu sistema digestivo. Ela conta que em sua experiência clínica ela
nunca viu um paciente com algum desses problemas que também não sofria
com problemas digestivos nos mais variados graus. Há sempre alguma
anormalidade. Algumas vezes evidente o suficiente para que os pais
notassem e comentassem, logo de cara nas consultas, mas muitas vezes
pode ser algo discreto, que os pais jamais relacionam com os problemas
comportamentais.
Mas afinal, o que um problema digestivo
pode ter a ver com hiperatividade, autismo, síndrome do déficit de
atenção, dispraxia, dislexia, etc? De acordo com a experiência clínica
da Dra. Natasha, esses problemas têm “simplesmente” tudo a ver com
problemas digestivos!
Após muito estudo e experiência clínica,
a Dra. Natasha parou de dividir seus pacientes em “caixas de sintomas”
para encaixá-los num único sintoma comum: problemas digestivos. E daí
surgiu o que ela chamou de GAPS (do inglês Gut And Psychology Syndrome –
Síndrome Psicológica e do Intestino), fazendo um trocadlho com a
palavra “gap”, que em inglês significa lacuna, vácuo. Ela afirma que as
crianças com GAPS caem no “gap”, no vácuo do conhecimento médico. Os
médicos simplesmente não sabem ao certo o que fazer.
Além das “doenças de criança” – autismo,
hiperatividade e outras dificuldades comportamentais, a Dra. Natasha
identificou ouros problemas que se encaixam na categoria GAPS, como
esquizofrenia, depressão, transtorno maníaco depressio ou transtorno
bipolar, transtorno obsessivo compulsivo. O pai da psiquiatria moderna, o
francês Phillipe Pinel (1745-1828) após trabalhar com pacientes com
problemas mentais por muitos anos, conxluiu em 1807: “O primeiro sinal
de insanidade normalmente aparece na região do estômago e intestinos”.
A Dra. Natasha, com todas essas
informações em mãos, desenvolveu então uma dieta que visa corrigir todos
os problemas digestivos e com isso curar, ou pelo menos amenizar
enormemente – todos os problemas supracitados. Esta é a dieta “GAPS”,
que ela aplica em seus pacientes, e que tem dado excelentes resultados.
Explicado o que é a dieta GAPS, em breve
pretendo falar um pouco mais sobre alguns pontos negativos das dietas
usualmente apresentadas para autistas. Obviamente também pretendo
comentar sobre detalhes da dieta GAPS: o que se deve consumir, o que
evitar e os porquês de tudo isso.
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Renata e Alexandre