sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O que é a dieta “GAPS” para autistas?


by Pat Feldman 

“Todas as doenças começam nos intestinos”
(Hipócrates 460-370 a.C.)
Hoje em dia problemas como autismo, síndrome do déficit de atenção, dispraxia, dislexia, problemas gerais de comportamento e aprendizado,, hiperatividade, alergias, asma, eczema, etc têm atingido níveis assustadores, epidêmicos. Mais do que isso, esses problemas aparentemente não relacionados, normalmente aparecem simultaneamente num mesmo paciente. Dificilmente uma criança sofre de apenas um desses problemas isoladamente. Sofrimento em dobro para pais, mães e principalmente para a criança.    
Crianças autistas em geral sofrem com hiperatividade e a mairia sofre de alergias gravez, asma, eczema dispraxia e dislexia.
Com tantas acontecendo num mesmo organismo, é impossível não suspeitar de que haja alguma ligação entre cada um desses problemas. Não é possível que seja apenas uma criança azarada, que concentrou nela todas as doenças possíveis.
A medicina moderna criou diversos diagnósticos separados, separou as crianças em “caixas de sintomas”. Mas as crianças de hoje em dia não se encaixam em apenas uma caixa, elas sofrem de vários sintomas ao mesmo tempo… Como explicar isso? Como curar isso?
Por que afinal todas essas condições estão relacionadas? Qual é a peça que falta para montarmos o quebra-cabeça e entender de uma vez o que acontece? Por que quando se tornam adolescentes, muitas dessas crianças se viciam em drogas? Por que tantas desta crianças, ao se tornarem adultos, são diagnosticadas com esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar e outros problemas psiquiátricos e psicológicos?
O que afinal responde a todas essas perguntas?
Segundo a Dra. Natasha Campbell Mc-Bride, o fator comum entre todas essas pessoas é o péssimo estado do seu sistema digestivo. Ela conta que em sua experiência clínica ela nunca viu um paciente com algum desses problemas que também não sofria com problemas digestivos nos mais variados graus. Há sempre alguma anormalidade. Algumas vezes evidente o suficiente para que os pais notassem e comentassem, logo de cara nas consultas, mas muitas vezes pode ser algo discreto, que os pais jamais relacionam com os problemas comportamentais.
Mas afinal, o que um problema digestivo pode ter a ver com hiperatividade, autismo, síndrome do déficit de atenção, dispraxia, dislexia, etc? De acordo com a experiência clínica da Dra. Natasha, esses problemas têm “simplesmente” tudo a ver com problemas digestivos!
Após muito estudo e experiência clínica, a Dra. Natasha parou de dividir seus pacientes em “caixas de sintomas” para encaixá-los num único sintoma comum: problemas digestivos. E daí surgiu o que ela chamou de GAPS (do inglês Gut And Psychology Syndrome – Síndrome Psicológica e do Intestino), fazendo um trocadlho com a palavra “gap”, que em inglês significa lacuna, vácuo. Ela afirma que as crianças com GAPS caem no “gap”, no vácuo do conhecimento médico. Os médicos simplesmente não sabem ao certo o que fazer.
Além das “doenças de criança” – autismo, hiperatividade e outras dificuldades comportamentais, a Dra. Natasha identificou ouros problemas que se encaixam na categoria GAPS, como esquizofrenia, depressão, transtorno maníaco depressio ou transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo. O pai da psiquiatria moderna, o francês Phillipe Pinel (1745-1828) após trabalhar com pacientes com problemas mentais por muitos anos, conxluiu em 1807: “O primeiro sinal de insanidade normalmente aparece na região do estômago e intestinos”.
A Dra. Natasha, com todas essas informações em mãos, desenvolveu então uma dieta que visa corrigir todos os problemas digestivos e com isso curar, ou pelo menos amenizar enormemente – todos os problemas supracitados. Esta é a dieta “GAPS”, que ela aplica em seus pacientes, e que tem dado excelentes resultados.
Explicado o que é a dieta GAPS, em breve pretendo falar um pouco mais sobre alguns pontos negativos das dietas usualmente apresentadas para autistas. Obviamente também pretendo comentar sobre detalhes da dieta GAPS: o que se deve consumir, o que evitar e os porquês de tudo isso.

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Renata e Alexandre