Não deve haver criança no mundo que não goste de, com pincel na mão, escolher e misturar inúmeras cores de tinta numa enorme folha de papel, para no final mostrar, com orgulho, a sua pequena obra de arte! Confeccione as próprias tintas, envolvendo as crianças nessa actividade.
Materiais e ingredientes:
3 colheres de chá de açúcar
½ colher de chá de sal
2 copos de água
½ copo de amido de milho
Corantes alimentares diversos
Pequenos frascos de vidro com tampa
Preparação
- Junte o açúcar, sal, amido de milho e água numa pequena panela e leve a lume brando, misturando bem até se formar uma mistura espessa.
- Desligue e deixe arrefecer. Uma vez fria, distribua a mistura pelos diferentes frascos de vidro, adicione os corantes alimentares para obter as cores desejadas e agite bem para obter uma tonalidade homogénea. Guarde em frascos bem fechados.
Como criar tintas de cores diferentesAs tintas caseiras podem ser pintadas de mil e uma cores! Utilize esta tabela de forma a misturar os corantes alimentares necessários para obter uma enorme variedade.
Devido aos seus ingredientes, esta tinta também pode ser usada para pintar com os dedos/mãos e não é perigosa se ingerida, por isso, é aconselhada a crianças mais pequenas também. Boas pinturas!
Em "Amor à Vida",
Rafael (Rainer Cadete) está cada vez mais encantado por Linda (Bruna
Linzmeyer) que, à sua maneira, também começou a nutrir um sentimento
especial pelo advogado. Apesar da contrariedade de Neide (Sandra
Corveloni), sua mãe, a autista terá apoio do pai, Amadeu (Genézio de
Barros), para estreitar o vínculo com o rapaz, pois nota que Rafael
desperta Linda da apatia habitual.
Tudo indica que, apesar do preconceito de personagens como Leila
(Fernanda Machado), a irmã de Linda, os dois vão mesmo superar as
diferenças e viver um romance na trama de Walcyr Carrasco. Nos próximos
capítulos da novela das 21h.
Não dá para negar que o estranhamento provocado pelo namoro entre
Rafael e Linda ultrapassa as fronteiras da ficção. Ao vê-los juntos na
TV, vem a pergunta: na vida real, é possível uma relação dessas
acontecer e dar certo?
A dúvida é comum, afinal, os autistas vivem em um mundo particular e
têm enorme dificuldade de interagir, estabelecer laços afetivos, se
comunicar. Linda, por exemplo, se expressa usando monossílabos e
necessita constantemente da mãe para realizar atividades diárias. Por
apresentar diversos níveis e pelo fato de o autismo ainda ser objeto de
estudo de especialistas do mundo todo, a doença nem sempre é de fácil
detecção.
Há pessoas que descobrem o transtorno com mais de 40 anos de idade,
quando percebem algum grau mais severo em um filho, por exemplo. Em
alguns casos, o autismo passa despercebido, pois, em níveis mais leves,
suas características são confundidas com timidez ou introversão.
Apaixonado
por Linda (Bruna Linzmeyer), Rafael (Rainer Cadete) visita a jovem, mas
é barrado por Neide(Sandra Corveloni). "Você não entra nessa casa",
avisa. Linda percebe a presença de Rafael e se enche de alegria ao
vê-lo. Mesmo com a felicidade estampada no rosto da filha, Neide manda a
jovem voltar para dentro de casa. Neide bate a porta na cara do
advogado, sob o protesto de Linda. "Deixa o Rafael entrar", pede a
menina. No ar em 7 de novembro Divulgação/TV Globo
Para o psiquiatra Gustavo Giovannetti, coordenador do Centro de
Referência da Infância e Adolescência da Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo), como cada caso tem suas especificidades, é difícil
avaliar a vida afetiva e sexual de um autista sem conhecer sua
trajetória, seu contexto familiar, quem e como é o objeto de seu
interesse, seus progressos e suas dificuldades.
Entenda o autismo
Para compreender por que um romance como o mostrado em "Amor à Vida" é
viável, primeiro, é preciso entender melhor o que é o autismo.
Trata-se de um transtorno mental do desenvolvimento humano que afeta a
linguagem, a interação social e o comportamento, que tende a ser
estereotipado e repetitivo.
"O autismo tem intensidades muito variáveis, que envolvem de sintomas
leves, ligados à cognição social, aos mais intensos, associados com
retardo mental.
Nos quadros mais graves, há a possibilidade da pessoa não desenvolver
a capacidade para o aprendizado e a linguagem", explica o psiquiatra
Gustavo Giovannetti.
Os sintomas costumam surgir antes dos três anos de idade, sendo
possível fazer o diagnóstico aos 18 meses. Apatia, falta de apego (aos
pais, por exemplo), atraso na fala e atitudes agressivas (inclusive
contra si mesmo) são alguns dos sinais. O tratamento exige
acompanhamento de um psiquiatra e medicamentos.
"A novela é uma obra de ficção, portanto, tem licença poética para
mostrar seus personagens. Abordar um assunto como a sexualidade dos
autistas fora de um contexto específico pode ser uma fala superficial e
acabar trazendo mais confusão do que esclarecimento", diz.
Devido ainda à variedade de sintomas e de intensidade que o paciente
pode apresentar, cada pessoa autista age de um jeito, é única. Suas
conquistas vão depender, além de suas potencialidades, do suporte
familiar e ambiental e do tratamento recebido.
"O autismo dificulta o reconhecimento das emoções, justamente pela
dificuldade de compreender os sinais da linguagem verbal e não verbal.
Entretanto, uma pessoa com autismo não é incapaz de sentir e poderá
experimentar emoções possíveis a todas as pessoas. Porém, essas emoções
serão expressadas de diferentes formas, caso a caso", diz Gustavo.
Para a psiquiatra Letícia Calmon Drummond Amorim, da AMA (Associação de
Amigos do Autista), de São Paulo, não há problema nenhum em pessoas com
autismo se relacionarem afetivamente com pessoas sem psicopatologia.
"Isso acontece de maneira natural, como ocorre nas relações afetivas de
qualquer um. E os portadores de quadros que não apresentam deficiência
intelectual grave associada podem formar uma família e ter vida
sexualmente ativa", afirma.
Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/11/08/relacao-amorosa-com-um-autista-e-viavel-veja-opinioes-e-de-a-sua.htm