Publicado por Valder Damasceno em 22 de junho de 2012
Em Bom Princípio, município do interior do Rio Grande do Sul, um padre está sendo acusado de discriminação por ter se negado a dar a primeira comunhão a Cassio, um adolescente autista de 14 anos. Segundo a família do garoto, ele está sendo vítima de preconceito por parte do sacerdote católico.
O autismo trata-se de um transtorno de desenvolvimento que afeta principalmente a interação social, mas, mesmo com a as limitações do menino, Letus Maldaner, pai de Cassio, já havia preparado uma festa para comemorar, após a missa, a conquista do filho. Mas, antes da celebração, o padre Pedro Rotter informou que o Cassio não poderia receber a hóstia no altar. “Simplesmente ele chegou no dia e disse que não iria fazer a primeira comunhão”, contou o senhor Letus.
A justificativa do padre é que, durante um ensaio, há alguns dias antes da cerimônia, o adolescente se recusara a abrir a boca. Isto teria motivado o padre a tomar a medida para preservar a família de constrangimentos, segundo ele. Padre Pedro ainda informou que avisou a família com antecedência, e contou ter instruído a mãe a ensinar o significado do ritual ao filho, já que ele não participou do curso preparatório com duração de dois anos.
O bispo da Diocese de Montenegro, Dom Paulo de Conto, disse que o adolescente receberá a comunhão em breve, porém, ele deverá passar por um preparo especial, “A eucaristia não foi negada, mas sim adiada”, explicou.
Fonte: Gospel+