segunda-feira, 16 de abril de 2012

Aplicativos para Autistas versão para Android

Android (Google)

Da mesma forma que a Apple usou um sistema operacional de computadores de mesa para criar um exclusivo para tablets, o gigante da Internet Google também se baseou num sistema já existente. Como o Google não possui um sistema operacional próprio (como a Microsoft e a Apple) ele preferiu adotar o Linux, livre e que pode ser modificado à vontade.
Assim como ocorreu com o iOS o sistema para tablets criado pelo Google ficou tão diferente do Linux original que recebeu um novo nome: Android. Assim como o Linux o Android também é software livre, e pode ser distribuído e modificado. Isso causou um efeito interessante: diversos fabricantes, partindo dos líderes de mercado como Samsung e Motorola e indo até pequenas marcas chinesas praticamente desconhecidas passaram a produzir smartphones e tablets Android. Recentemente a Amazon lançou um tablet Android também, o novo Kindle Fire, bem diferente e voltado aos livros e outros serviços (como a venda de livros digitais, os ebooks) da Amazon.
Por causa disso há uma enorme variedade de dispositivos Android, que variam de celulares baratinhos até tablets tão ou mais sofisticados e caros que o próprio iPad. Seguindo a regra que já mencionamos, os programas feitos para Android vão funcionar na maioria dos dispositivos que usam esse sistema. O problema é que a variedade de equipamentos é tão grande que os dispositivos acabam ficando muito diferentes entre si, com relação a velocidade, memória, tamanho da tela e outros recursos. Além disso, há várias versões diferentes do Android: as mais comuns são a 2.2 e 2.3, usadas em celulares e em tablets baratos, e a 3.0 e 3.1, específicas para tablets.
Na prática, devido a essa variedade (chamada também de fragmentação e que muitos consideram a maior fraqueza do Android), nem todos os programas vão funcionar, qualquer que seja seu dispositivo. É claro que um tablet grande e caro, como por exemplo o Samsung Galaxy Tab 10”, Motorola Xoom ou Acer Iconia tem mais chances de ser capaz de rodar tudo. E a quantidade total de programas para Android, apesar de vir crescendo muito, ainda é bem menor que a de programas para iOS.
Ao mesmo tempo, tablets baratos como o Coby Kyros (que pode ser encontrado por menos de R$ 300, cinco vezes menos que um tablet topo de linha) são capazes de rodar uma grande quantidade de programas, inclusive a maioria dos voltados ao público infantil (ou autista). Não ficam tão rápidos (ou, às vezes, tão bonitos), mas funcionam.


PictoDroid Lite é uma aplicação para dispositivos Android que permite que os usuários se comuniquem através do uso de pictogramas ou pictos (sinais que representam esquematicamente um símbolo, um objeto real ou uma figura). Esta versão Lite permite apenas para expressar ações muito específicas, sem a capacidade de criar frases complexas.
Você pode cria frases começando com: -vamos para ... -Eu quero jogar ... -Eu quero ir ao banheiro ... -Eu quero beber ... -Eu quero comer .... -Eu sou ...
Após a conclusão da selecção de pictos o sistema prossegue para ler a frase formada.
Todos os pictos pode ser modificado ou excluído, e você pode adicionar tantos quanto necessários. O processo é explicado no manual de candidatura disponível em www.accegal.org. Se você tiver dúvidas ou dificuldade em definir PictoDroid Lite você pode nos contatar por e-mail contacto@accegal.org e vamos tentar ajudá-lo.
O aplicativo usa os pictos de ARASAAC ( http://arasaac.org/~~V ), criado por Sergio Palao e distribuído com a licença Creative Commons (BY-NC-SA), mas você pode configurá-lo para usar pictos outros e até mesmo imagens reais.
Para fazer o trabalho sintetizador de voz: Para a versão 2.1: - Ir para a página http://code.google.com/p/eyes-free/downloads/list e baixar pacotes "tts_3.1_market.apk" e "com.svox. langpack.installer_1.0.1.apk ". Instalá-los no dispositivo.
A partir da versão 2.2: - Vá para "Voice Input Configurações> e saída", clique em "Configurações de síntese de voz" e depois "Instalar arquivos de dados de voz."
Visitar o site do desenvolvedor fazer >Enviar e-mail AO desenvolvedor >

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Tratamentos Biomédicos para o Autismo

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Participe do II Curso Internacional para Médicos
Tratamentos Biomédicos para o Autismo

Os Tramentos biomédicos são baseados em pesquisas bioquímicas e biomédicas feitos por vários profissionais em várias partes do mundo. Um dos pioneiros deste movimento foi um psicólogo e pesquisador norte americano, o finado Dr. Bernard Rimland que fundou na California o ARI (Autism Research Institute) e a Autism Society of America (ASA).
   O Dr. Rimland acreditava que o autismo é causado, na maioria dos casos, por causas biológicas ou físicas, derrubando para o alívio de muitas mães, a teoria da “mãe refrigerador” em que acreditava-se naquela época que o autismo era causado por falta de amor das mães.   O seu trabalho mostrou-se eficiente, e ele ajudou na recuperação de mais de 1100 pacientes com autismo, comprovados com vídeos de antes e depois do tratamento, além disso ajudou a vários outros milhares a recebecem melhoras significantes.
   De acordo com o trabalho do Dr. Rimland, a maioria dos autistas não tem nenhuma causa genética ou metabólica, mas apresentam pelo menos uma causa biológica; tal como intoxicação com metais pesados, intolerância alimentar, proliferação de leveduras e bactérias, transtornos intestinais, sensibilidade ao glúten e à caseina, desequilíbrio nos ácidos orgânicos e/ou deficiência nutricional.

Nos dias atuais, o tratamento biomédico completo, dependendo dos resultados dos exames, geralmente envolve intervenção dietética, nutricional, suplementação vitamínica, e pode incluir o uso de medicamentos homeopáticos.

Graças ao trabalho do Dr. Rimland e de muitos outros pesquisadores no ramo, da força dos pais no Brasil, e da tecnologia disponível para fazer possíveis exames, o tratamento biomédico está se tornando o tratamento primário do autismo no Brasil.
   Desde 2007, com o apoio dos pais brasilieiros, o Laboratório Great Plains (GPL) através de uma parceria com a Autismo Infantil, tem formado presença no Brasil ajudando a diseminar o tratamento biomedico, providenciando exames que mostram indicadores que guiam na colaboração do tratamento em pessoas autistas.
A Autismo Infantil (www.autismoinfantil.com.br) é uma organização disseminadora de informação sobre o tratamento biomédico no Brasil, ajudando a pais e a profissionais através de tradução de informação, promovendo congressos informativos e vídeos para pais e profissionais interessados.
   Juntos temos investido para compartilhar esperança com milhares de país que antes não sabiam o que fazer com seus filhos que eram diagnósticados com o autismo. Em maio de 2007 foi oferecido no Brasil o primeiro congresso sobre tratamentos biomédicos para pais, e logo em seguida um congresso de treinamento médico para profissionais da área de saúde. Alguns profissionais aderiram a essa luta contra o autismo, e hoje são colaboradores importantes nessa luta que apenas começou, desde então temos tido anualmente pelo menos um congresso sobre o tratamento biomédico no Brasil.
Pelo fato de ainda não existir esses exames especializados no Brasil, é necessário fazer-los no exterior. Para fazer esse tratamento no Brasil, os profissionais fazem o pedido de exames baseados na necessidade de cada paciente, uma vez em contato com o Laboratorio Great Plains, os pacientes recebem em casa um kit de coleta, onde contém todo o material necessário para coleta e envio das amostras para os EUA.   Os exames geralmente envolvem coletar sangue, urina e fezes e cabelo. Esses exames vão pesquisar o corpo do paciente por transtornos que são geralmente comuns no autismo como anormalidades em ácidos orgânicos, intolerâncias alimentares, contaminação com metais pesados e proliferação de leveduras. Esses problemas quando encontrados, são resolvidos de forma natural e eficiente.
Geralmente as medidas que são tomadas para o melhoramento de vida do paciente envolvem a adoção de uma dieta sem glúten e sem caseina, que tem como efeito desde melhora dos problemas relacionados à digestão a melhora no sono, aumento de concentração, menos auto agressão, maior interatividade social e maximação na linguagem que geralmente é limitada na maioria das crianças no espectro.

Os Exames laboratoriais mostram que muitas crianças no espectro têm alergias a diversos alimentos, principalmente a alimentos que contém o glúten (proteína encontrada em grão como trigo e cevada) e a caseina (proteína do leite). Pelo fato dessas proteinas ser de difícil digestão por pacientes no espectro, essas proteínas acabam escapando para rede sanguínea em forma de peptídeos, os quais têm estrutura molecular semelhante a opiáceos, afetando o cérebro de forma semelhante a norcóticos como a morfina. Crianças com intolerâncias ao glúten e à caseina costumam viciar-se a alimentos que possuem essas proteínas, e na maioria das vezes esse problema é despercebido pelos pais que não tem conhecimento desse fato. Existem alguns pacientes que rejeitam qualquer outro alimento, preferindo apenas se alimentar de leite e pão, ficando então presas em um ciclo de dependência bioquímica. A dieta sem glúten e sem caseina tem o objetivo de liberar o paciente dessa dependência, possibilitando uma dieta mais variada e nutritiva.  
Outros problemas que o tratamento biomédico ajuda e reduzir, são problemas gastrointestinais, geralmente resolvendo o problema de leveduras e repopulando a flora gastro-intestinal com lactobacillus e outros probióticos. Também, a deficiência vitamínica é comum pelo fato de pessoas com autismo terem uma capacidade reduzida de absorção gastrointestinal, nesse caso, muitas vezes as vitaminas do complexo B são muito escassas, tendo entre elas a vitamina B6 que é necessária na síntese de vários neurotransmissores e sua integração tem sido associada com melhora na atenção e fala.
     Somente sabemos que estamos no caminho certo quando vemos que estamos alcançando resultados, e isso já estamos tendo muito com os tratamentos biomédicos, pois os Doutores ten reportado resultados nunca vistos antes com outros tratamentos para o autismo, tais como pacientes que eram considerados crianças impossíveis, e agora estão indo bem na escola, crianças que não falavam, e agora falam, além de pacientes que viviam em cárcere privado e hoje andam nas ruas pacificamente. Se todo o Brasil continuar seguindo na mesma direção, com entidades e profissionais se unindo para alcançar o mesmo objetivo, sabendo que o tratamento biomédico, integrado com o terapêutico, nutricional e pedagógico abrirá a porta para uma vida com um grande potencial.

Referências
  1. http://autism.com/
  2. Dr. William Shaw, Tratamentos Biológicos para o Autismo e TDAH
  3. http://www.autismoinfantil.com.br

Inconformado com 1 em 88

Inconformado com 1 em 88

Inconformado com 1 em 88 – por Alysson Muotri
02/04/12
O dia 2 de abril é especial. É o momento do ano em que diversas pessoas mundo afora param para refletir sobre o autismo, um conjunto de diversas síndromes que afetam a habilidade de socialização, linguagem e comportamento humano.
Por muito tempo, acreditava-se que pessoas dentro do espectro autista eram raras, uma minoria. Porém, com um trabalho de conscientização intenso, familiares e cientistas conseguiram convencer os médicos e a sociedade de que o autismo não é tão raro assim. Desde então, a prevalência do autismo tem sido motivo de discussão. Dados recentes do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) agora mostram que uma em cada 88 crianças nos Estados Unidos são diagnosticadas com autismo (http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/ss6103a1.htm?s_cid=ss6103a1_w). Os números representam um aumento de 23% nos casos entre 2006 e 2008 e 78% de aumento desde 2002. Ainda assim, é possível que o estudo esteja subestimando números reais. Um estudo publicado ano passado mostrou incidência de autismo de um em 38 crianças na Coréia do Sul. É provável que os números no Brasil não sejam muito diferentes dos Estados Unidos, mas ainda não existe um estudo formal feito no país.
Os dados novos de CDC, liberados ao público na última quinta-feira (29), mostra que incidência aumentou entre a população negra e hispânica. A diferença entre sexos é grande, um em cada 54 é a proporção para os meninos, cinco vezes maior que em meninas. Sabemos muito pouco de por que o autismo tem um viés masculino. Algumas hipóteses associam genes duplicados no cromossomo X – do qual as meninas têm duas cópias – como um fator protetivo.
Parte da justificativa desse aumento parece estar associada a uma melhora no diagnóstico e conscientização da população. A idade média de diagnóstico caiu de quatro anos e meio para quatro anos. Porém, muitos pais detectam o problema bem mais cedo, o que sugere que o processo de diagnóstico pode melhorar muito ainda. Uma contribuição ambiental ainda desconhecida também tem sido apontada como um fator que justificasse a alta incidência de autismo nos dias de hoje, mas não existe evidência científica forte o bastante pra apoiar essa idéia. Não importa se estes fatores justificam ou não por completo os números do CDC; de toda forma, o aumento é preocupante e sugere um quadro epidêmico. São mais de 1 milhão de crianças afetadas, com um custo anual de US$ 126 bilhões nos Estados Unidos.
Infelizmente, por trás de toda essa estatística, estão familiares e pacientes, que se esforçam todos os dias para lidar com a condição. A preocupação com o futuro dessas crianças é justificável e a luta para torná-los independentes começa cedo. Erra quem pensa que isso é um problema das famílias dos pacientes apenas. Crianças são as maiores riquezas de um país e preservar os cérebros delas é garantir o futuro competitivo. Ignorar o problema é a pior coisa que um governo pode fazer. A isenção da iniciativa privada também preocupa. Custos com seguros saúde vão aumentar drasticamente, afetando a produção daqueles que cuidam de crianças autistas, por exemplo. Com esse tipo de prevalência na população é difícil de encontrar quem não seja, direta ou indiretamente, afetado pelo autismo.
Em tempos de crise, a história tem mostrado que o incentivo a pesquisa na área é o que, em geral, leva à solução do problema. Jovens adultos e crianças da atual geração nunca devem ter ouvido falar de poliomielite ou pólio. Isso porque a epidemia de pólio, que deixou milhares de crianças e adultos paralizados por volta de 1910, foi erradicada a partir de iniciativas como a “Corrida contra o pólio” nos anos 50, que investiu pesado na busca científica da “cura” do problema. Pólio continua sem cura, mas foi erradicado da maioria dos países através do financiamento de uma vacina, originada numa polemica pesquisa do médico Jonas Salk.
O mundo é formado, em sua maioria, por pessoas conformadas, e por uma minoria de pessoas que não se conformam. São os conformados que nos trazem conforto nas horas mais difíceis, que nos ensinam a aceitar as situações como são e agradecer por aquilo que temos. São os conformados que vão te dizer que o autismo não tem solução, que não há o que fazer. Mas são os inconformados que transformam nossa perspectiva e que fazem o mundo melhor. Acho que o quadro de autismo atual pede um plano nacional de ataque, a criação de um centro de excelência em autismo brasileiro, formador de profissionais qualificados e com pesquisada cientifica de ponta com colaborações internacionais. Será preciso reunir pais, políticos, terapeutas, médicos e cientistas inconformados e que estejam dispostos a lutar por dias melhores.

Fonte: http://g1.globo.com/platb/espiral/2012/04/02/inconformado-com-1-em-88/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

TUDO QUE UM DEFICIENTE PRECISA SABER SOBRE O BENEFICIO QUE A ELES É CONCEDIDO DE ADQUIRIR UM CARRO COM DESCONTO

"O CONFAZ realizou a regulamentação por meio do Convênio ICMS nº 38/2012, a isenção tributária beneficiará até mesmo as pessoas com deficiência não condutoras na aquisição de veículos automotores.

Muito embora tenha ocorrido a deliberação em 30/03/2012, a publicação do Convênio no Diário Oficial da União apenas no dia 09/04/2012, na seção 1, pag. 27/30.

Com a conquista os deficientes de todas as unidades da federação agora são beneficiados.

Diversas Assembleias Legislativas já haviam aprovado a proposta que dependia de regulamentação do Conselho. Agora a norma é aplicável em todo Brasil.

Estão assistidos pelo Convênio as pessoas com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas.

Para os deficientes que não tiverem capacidade física ou mental para requerer a isenção, o pleito poderá ser realizado por seu representante legal.

O benefício correspondente deverá ser transferido ao adquirente do veículo, mediante redução no seu preço.

O benefício somente se aplica a veículo automotor novo de preço inferior a R$ 70.000,00 (setenta mil reais).

Outro ponto que merece ser destacado é que para conseguir o benefício, o adquirente do veículo não estiver em débito com a Fazenda Pública Estadual ou Distrital.

É importante lembrar que o veículo automotor deverá ser adquirido e registrado no Departamento de Trânsito do Estado - DETRAN em nome do deficiente e que o representante legal ou o assistente do deficiente responde solidariamente pelo imposto que deixar de ser pago em razão da isenção de que trata o Convênio.

O beneficiário não poderá requerer novamente o benefício por um prazo de 02 anos, no mesmo prazo também não poderá vender ou alienar o veículo sem autorização do fisco.

Outra grande conquista advinda com a regulamentação foi a possibilidade de o deficiente requerer novamente o benefício antes dos 02 anos, no caso destruição completa do veículo ou seu desaparecimento. Este novo pedido poderá ser realizado uma única vez."

Manual para as Escolas.

http://www.autismoerealidade.com.br/wp-content/plugins/download-monitor/download.php?id=8

Manual Transição para a Vida Adulta.

http://www.autismoerealidade.com.br/wp-content/plugins/download-monitor/download.php?id=11

REVISTA VEJA ABRIL 2012

Saúde mental

Pesquisas aprofundam conhecimento sobre causas genéticas do autismo

Artigos publicados nesta quarta-feira na revista 'Nature' definem que mutações em três genes específicos podem provocar distúrbio

Autismo: pesquisas encontram relação entre mutação de três determinados genes e o distúrbio Autismo: pesquisas encontram relação entre mutação de três determinados genes e o distúrbio (ThinkStock)
Um trio de trabalhos publicado nesta quarta-feira na revista Nature traz a descoberta de três genes ligados ao autismo. De acordo com os estudos, a mutação nesses genes, que é espontânea, pode ser um dos fatores associados ao distúrbio. Essas pesquisas foram desenvolvidas por especialistas do Consórcio de Sequenciamento do Autismo (ASC, na sigla em inglês), grupo que envolve 20 instituições de ensino e pesquisa dos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia e que compartilha dados sobre o autismo. As conclusões publicadas nesta quarta feira foram obtidas pelas Universidades de Yale e de Washington e por uma equipe que inclui profissionais da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, da Universidade da Pensilvânia, e do Hospital Geral de Massachussetts, entre outros.

Saiba mais

AUTISMO
Distúrbio que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relações sociais. O autista comporta-se de maneira compulsiva e ritual. O distúrbio, que pode afetar o desenvolvimento normal da inteligência, atinge cinco em cada 10.000 crianças e é de duas a quatro vezes mais frequente no sexo masculino.
Quando há uma mutação, ou seja, uma falha no DNA de um indivíduo, ele corre o risco de ter uma doença particular. No caso do autismo, há algum tempo é sugerido que fatores genéticos determinam a doença, mas a maneira pela qual eles causam o problema continua a ser algo pouco compreendido pela medicina. E, por outro lado, há um número considerável de crianças com autismo que nascem de famílias sem histórico do distúrbio.
Todos os estudos encontraram várias mutações que podem estar relacionadas com o autismo, mas definiram apenas três genes que podem ser considerados causadores do distúrbio. Os casos analisados fazem parte de um subgrupo específico do autismo, ou seja, aquele que tem como causa mutações espontâneas, que acontecem com um indivíduo ao longo do desenvolvimento, ou seja, ele não nasce com ela.
Leia também: Autismo ganha contornos de epidemia nos EUA
Pesquisas — No trabalho feito pelo grupo, os cientistas analisaram o DNA de 175 pacientes com autismo e os compararam com o material genético de seus pais, que não apresentavam o problema. A equipe procurou mudanças de DNA presentes apenas nos filhos. O estudo indicou que menos da metade dos casos de autismo vinham junto com um gene que havia sofrido uma mutação espontânea. "Esses dados sugerem que esse tipo de mutação exerce um papel sobre o autismo, mas não é suficiente para explicar todas as causas do distúrbio", diz Benjamin Neale, um dos autores do estudo.

Opinião do especialista

Estevão Vadasz
Psiquiatra especialista em autismo e coordenador do Programa do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (PROTEA-HC)

"Estas pesquisas sugerem que alguns dos genes relacionados à mutação espontânea podem provocar autismo. No entanto, isso não significa que essa seja a causa do distúrbio, mas sim que existe um subgrupo entre as centenas de genes que eventualmente podem causar o problema.
Apesar da importância dos estudos e da tecnologia usada nesses trabalhos, esses resultados não farão diferença na prática clínica. Esses cientistas querem ter certeza de que o autismo é provocado por fatores genéticos, mas, mesmo se isso for comprovado e totalmente compreendido, não haveria muito a se fazer para evitar que crianças nascessem com o distúrbio atualmente.
Frequentemente estudos sobre mutações em genes que podem levar ao autismo são publicados. Essas pesquisas em questão, embora não sejam novidade, mostram o quão avançada está nossa ciência e como podemos fazer trabalhos sofisticados.
É preciso lembrar, no entanto, que nem todos os casos de autismo são provocados por genes. Problemas como doenças infecciosas, rubéola, encefalite e complicações no parto também são capazes de desencadear o distúrbio."
Na pesquisa da Universidade de Yale, foram sequenciados os genomas dos integrantes de 238 famílias, sendo que todas tinham um filho autista. Eles concluíram que cerca de 15% dos casos de autismo em famílias com apenas um integrante com o distúrbio são associados a mutações espontâneas que ocorrem em células sexuais. Além disso, esse estudo observou que essas variações genéticas que podem levar ao autismo são mais frequentes em crianças cujos pais são mais velhos, oferecendo uma explicação parcial para o aumento do risco do distúrbio entre filhos de adultos com maior faixa etária.
Por fim, o trabalho feito na Universidade de Washington acompanhou 677 indivíduos de 209 famílias que tinham apenas um integrante com autismo. O DNA dos indivíduos com autismo, assim como dos pais e irmãos dessas pessoas, foi sequenciado. Eles descobriram que a cada quatro mutações que vinham do esperma do pai, apenas uma vinha do óvulo materno. Além disso, assim como o outro estudo, concluíram que essa variação teve relação com a maior idade do pai.
Leia também: Crianças que desenvolvem autismo já apresentam alterações no cérebro antes do primeiro ano de vida
Segundo os pesquisadores da Universidade de Washington, vários dos genes descobertos como relacionados ao autismo já vêm sendo associados também à deficiência mental e atraso do desenvolvimento intelectual. De acordo com os especialistas, isso significa que a divisão clínica feita entre os indivíduos com esses diferentes problemas pode não se traduzir em diferenças moleculares.
Os pesquisadores esperam que, junto a outros estudos que descubram mais sobre o papel da mutação genética no autismo, seja possível detectar mais facilmente e tratar o distúrbio. "A cada gene relacionado ao autismo que descobrimos, mais aprendemos sobre as melhores maneiras de tratar o paciente com o problema", afirma Stephan Sanders, médico pediatra e um dos autores do estudo da Universidade de Yale.

No Dia do Autismo, 2 de abril, ONU pede conscientização e inclusão

No Dia do Autismo, 2 de abril, ONU pede conscientização e inclusão

Monumentos de diversas cidades brasileiras serão iluminados de azul

Autismo (Foto: Divulgação)Monumentos serão iluminados de azul do Dia
Mundial da Conscientização do Autismo
(Foto: Divulgação)
O Brasil não tem estatística sobre o autismo, mas nos Estados Unidos e Europa já se fala sobre a maior epidemia do mundo, saltando de um caso a cada 2.500 pessoas na década de 1990, para o número assustador atual de uma pessoa com autismo a cada 120. Estimou-se em 2007 que no Brasil, país com uma população de cerca de 190 milhões de pessoas naquele ano, havia cerca de 1 milhão de casos de autismo, segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. No mundo, há mais de 35 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.

A fim de alertar o planeta para essa tão séria questão, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou em 2008 o Dia Mundial da Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day), no dia 2 de abril de cada ano. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância da inclusão social. “Lembremo-nos que cada um de nós pode assumir essa responsabilidade. Vamos nos unir às pessoas com autismo e suas família para uma maior sensibilização e compreensão”, disse ele na mensagem de 2010, mencionando ainda a complexidade do autismo, que precisa de muita pesquisa.

Vários países aderiram à campanha www.lightitupblue.org e grandes construções ao redor do mundo se iluminarão de azul como manifestação em favor dessa conscientização no dia 2 de abril, como o prédio Empire State, em Nova York, nos Estados Unidos. Este ano, repetindo o feito de 2011, monumentos de várias cidades brasileiras se iluminarão de azul para marcar a data junto com a realização de cursos, seminários, caminhadas e vários outros eventos que envolvem a comunidade no conhecimento e conscientização sobre a causa.

No Brasil, é preciso alertar, sobretudo, as autoridades e governantes para a criação de políticas de saúde pública para o tratamento e diagnóstico do autismo, além de apoiar e subsidiar pesquisas na área. Somente o diagnóstico precoce, e consequentemente iniciar uma intervenção precoce, pode oferecer mais qualidade de vida às pessoas com autismo, para a seguir iniciarmos estatísticas na área para termos idéia da dimensão dessa realidade no Brasil. E mudá-la.

Nosso objetivo maior é levar a informação a todos, porque sabemos há muitas famílias onde crianças e jovens dentro do espectro do autismo, permanecem sem diagnóstico e sem acompanhamento especializado, sendo tratados (quiçá maltratados) como pessoas "estranhas, esquisitas, mal educadas".

Queremos que uma campanha de esclarecimento ofereça a estes cidadãos que vivem apartados da sociedade a oportunidade de reconquistar sua dignidade.
O autismo é tratável! Com dedicação, paciência e as intervenções adequadas nossas crianças e jovens serão adultos incluídos, produtivos e respeitados, esta conscientização é necessária para que os pais busquem intervenção para suas crianças/jovens e para que os governantes se sintam compelidos a promover políticas públicas de saúde adequadas.
O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) – também conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, mas há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro a raros casos com diversas habilidades mentais, com a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein.

A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas ao redor do mundo tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura. Atualmente diversos tratamentos podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor.

Além do dia 2, o mês de abril é considerado o mês da conscientização do autismo no mundo.
Veja na lista abaixo cidades onde haverá intervenções urbanas:

AM - MANAUS
- O Teatro Amazonas será iluminado de azul no dia 2 de abril
MG - Belo Horizonte
- O prédio da OAB-MG será iluminado de azul na semana de 2 de abril
GO - ANÁPOLIS
- Estarão iluminados de azul o Monumento Centenário, a prefeitura, Caça Mirrage na Praça Americano do Brasil, pontos da Praça Ipiranga e a Igreja de Santana, no dia 2 de abril.
PB - JOÃO PESSOA
- Evento no Busto de Tamandaré, na divisa das praias de Tambaú e Cabo Branco, no dia 1º deabril, a partir das 17h

RJ - RIO DE JANEIRO
- O Cristo Redentor será iluminado de azul no dia 2 de abril;
- O prédio da OAB/RJ também será iluminado de azul no dia 2 de abril;
- Evento "Autismo: conhecer e agir!", na OAB-RJ, dia 13 de abril de 9h às 13h
RJ - VOLTA REDONDA
- Estarão iluminados de azul a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municiapal de Ação Comunitária, Câmara, a Escola E. Profª Dayse Mansur (para crianças autistas), o Sítio-Escola SEMEIA (para adolescentes e adultos autistas), o CAPS II Belvedere, o Chafariz da Rodoviária, o Chafariz da Praça Brasil, a Torre do Moinho no Aterrado e o UFF Campus Aterrado, de 28 de março a 4 de abril
RS - PORTO ALEGRE
- Estarão iluminados de azul a chaminé da Usina do Gasômetro e o Monumento do Laçador, na semana de 2 de abril;
- Concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, dia 3 de abril;
- Pocket show na Usina do Gasômetro com a participação das Bandas "Papas da Língua" e "Chimarruts" e da dupla sertaneja "Edu e Renan". Abertura com a Banda "Ilusão de Ótica". Entrada franca, dia 2 de abril, às 20h;
- Palestra com Dr. Carlos Gadia, intitulada "Autismo: Como chegamos até aqui e para onde vamos", na Assembleia Legislativa do RS, dia 3 de abril, às 17h;
- Jogadores do Sport Club Internacional entrarão com faixa alusiva ao "Dia Mundial de Conscientização do Autismo", em jogo contra o Santos FC, no Gigante da Beira-Rio, dia 4 de abril, às 22h;
RS - MONTENEGRO
- Iluminação azul da Praça Central, de 26 de março a 9 de abril; de Montenegro;
- A Escola Manoel Souza de Moraes no periodo de 26 de março a 2 de abril irá desenvolver diversas atividades internas com o objetivo de levar a informação aos alunos, pais e comunidade, culminando com a distribuição de panfletos pelos alunos, na Praça Central;
SP - SÃO PAULO
- Ponte Estaiada, Monumento às Bandeiras, Arco do Anhangabaú/Viaduto do Chá, Assembleia Legislativa Estadual e FIESP estarão iluminados de azul na semana de 1 e 2 de abril;
- Campanha Nacional pela Assistência e pelos Direitos da Pessoa com Autismo, 6 e 7 de abril, no auditório do Hospital Cruz Azul
SP - ATIBAIA
- Estarão iluminados de azul: o Hospital Novo Atibaia (HNA), a clínica AMHA Odonto, o Fórum de Justiça, o prédio da Viação Atibaia SP, a Rádio Mix FM, nos dias 1 e 2 de abril;
- Blitz do autismo, com entrega de material informativo a pedestres e motoristas, nos semáforos próximos ao Centro Social Urbano, dia 2 de abril, das 8h às 12h;
- Iluminação de azul do Cristo Redentor da rotatória do Shopping, dia 2 de abril;

domingo, 1 de abril de 2012

AUTISMO: Dia Mundial de Conscientização do Autismo todos es...

AUTISMO: Dia Mundial de Conscientização do Autismo todos es...: Amanhã comemoramos o Dia Mundial de Conscientização do Autismo todos estão convidados a vestir azul na próxima segunda-feira, 2 de abril, Di...

Dia Mundial de Conscientização do Autismo todos estão convidados a vestir azul na próxima segunda-feira, 2 de abril

Amanhã comemoramos o Dia Mundial de Conscientização do Autismo todos estão convidados a vestir azul na próxima segunda-feira, 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O motivo para a participação é muito nobre: chamar a atenção da população para o transtorno neurológico, cuja incidência em crianças é maior do que os casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. A cor azul foi escolhida como símbolo do autismo, porque o a síndrome é mais comum nos meninos - na proporção de quatro meninos para cada menina.

Movimento Light it up Blue
 
A proposta do Light It Up Blue é iluminar pontos importantes do planeta com a cor azul para chamar a atenção da sociedade a respeito dessa complexa síndrome. Estarão iluminados vários cartões-postais pelo mundo, como o Empire State Building (nos Estados Unidos) e a CN Tower (no Canadá). No Brasil, já está confirmada a iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e da Ponte Estaiada, do Monumento às Bandeiras, do Arco do Anhangabaú/Viaduto do Chá, da Assembleia Legislativa Estadual/SP e da FIESP, em São Paulo.